Com exceção de veículos elétricos, 41 de 42 indicadores de ação climática mostram atraso em metas para 2030. Segundo análise do estudo Estado da Ação Climática 2023.
Os progressos para fechar a lacuna da ação climática necessários para frear a alta da temperatura média global em 1,5 grau até o final do século continuam “lamentavelmente inadequados”, mostra o aguardado relatório o Estado da Ação Climática 2023: 41 dos 42 indicadores avaliados não estão no caminho de para as metas para 2030.
Publicado antes da divulgação da fase final do Balanço Global, que será concluído durante a COP28, reunião do clima da ONU que ocorre em dezembro nos Emirados Árabes Unidos, o relatório oferece um roteiro que o mundo pode seguir para evitar impactos climáticos cada vez mais perigosos e irreversíveis. Minimizando ao mesmo tempo os danos à biodiversidade e à segurança alimentar.
Ele traduz o limite de temperatura de 1,5°C do Acordo de Paris em metas para 2030 e 2050. Isso em setores que respondem por cerca de 85% das emissões globais de gases de gases de efeito estufa (GEE). Entre eles energia, edifícios, indústria, transportes, florestas e terras, alimentação e agricultura. Bem como aqueles focados na remoção tecnológica de carbono e no financiamento climático.
Progressos para fechar a lacuna da ação climática estão “lamentavelmente inadequados”, alerta relatório que analisa esforços globais e aponta caminhos
O relatório Estado da Ação Climática 2023 conclui que os esforços globais para limitar o aquecimento a 1,5°C, como determina o Acordo de Paris, estão falhando tendo em vista os progressos recentes alcançados em todos os indicadores — exceto nas vendas de automóveis elétricos de passageiros, que apresentam evolução. Alguns indicadores, inclusive, parecem andar para trás.
Entre os retardatários, os esforços para acabar com o financiamento público dos combustíveis fósseis, reduzir drasticamente o desmatamento e expandir os sistemas de definição de preços de carbono sofreram os reveses mais significativos no progresso num único ano, em relação às tendências recentes, aponta o estudo.
Em 2021, por exemplo, o financiamento público para os combustíveis fósseis aumentou acentuadamente. Com os subsídios governamentais, especificamente, quase duplicando em relação a 2020. Atingindo então os níveis mais elevados observados em quase uma década. E em 2022, o desmatamento aumentou ligeiramente para 5,8 milhões de hectares em todo o mundo. Sendo assim, o mundo perdeu uma área de florestas superior ao tamanho da Croácia num único ano.
Publicado pelo Systems Change Lab, o relatório é um esforço conjunto do Bezos Earth Fund, Climate Action Tracker (um projeto do Climate Analytics e NewClimate Institute), da ClimateWorks Foundation, dos Campeões de Alto Nível das Mudanças Climáticas das Nações Unidas e do World Resources Institute (WRI).
Fonte: UM SÓ PLANETA
ÚLTIMAS NOTÍCIAS: COMO O BRASIL PODE INCORPORAR 40 MILHÕES DE HECTARES SEM DESMATAMENTO NOS PRÓXIMOS 10 ANOS?
ÚLTIMAS NOTÍCIAS: H2V: UTILITAS, DO GRUPO MARQUISE, LEVARÁ ÁGUA DE REUSO DE FORTALEZA PARA PECÉM