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H2V: Utilitas, do Grupo Marquise, levará água de reuso de Fortaleza para Pecém

H2V: Utilitas, do Grupo Marquise, levará água de reuso de Fortaleza para Pecém

Uma fonte desta coluna com atuação na área de saneamento básico do Ceará informou que o contrato Marquise-Cagece prevê a oferta do volume de água de reuso “conforme a necessidade” das empresas do futuro Hub do Hidrogênio Verde do Pecém.

A mesma fonte citou como exemplo a australiana Fortescue, cuja necessidade de água para a produção de Hidrogênio Verde será de 0,4 m³ por segundo. Assim – acrescentou – se outra empresa necessitar de um volume semelhante, será atendida pela parceria Marquiise-Cagece.

Resumindo: a etapa inicial do projeto prevê a oferta de 1,6 m³ de água de reuso por segundo. Se essa necessidade for ampliada, será igualmente ampliado o volume de água de reuso a ser ofertado.

As 11 ETEs da Cagece localizadas em Fortaleza – a maior das quais é a da Avenida Leste-Oeste – têm capacidade para oferecer mais de 4 m³ por segundo de água de reuso.

Ainda de acordo com a mesma fonte, o contrato Cagece-Marquise prevê a construção de uma adutora enterrada que ligará a ETE da Leste-Oeste à ZPE do Pecém. Essa adutora terá capacidade inicial para transferir 1,6 m³ por segundo de água tratada para reuso.

“Se esse volume tiver de ser ampliado, se-lo-á, mas isto será determinado pela necessidade das empresas que produzirão Hidrogênio Verde no Pecém”, disse à coluna a mesma fonte.

Por enquanto, sabe-se que estão prontas para produzir o H2V no Pecém a Fortescue, a Casa dos Ventos, a AES e a Cactus Energia Verde.

Esta coluna ouviu hoje três engenheiros ligados aos projetos já prontos para produzir Hidrogênio Verde no Pecém. Em resumo, eles disseram o seguinte:

Primeiro: o volume de água necessário para o abastecimento, até 2030, do HUB do H2V no Pecém – que ocupará área de 1 mil hectares com dez empresas – será menor do que 1 m³ por segundo.

Segundo: Fortaleza consome hoje entre 9 m³/s e 9 m³/s. O cálculo do custo da água de reuso é menor do que o da dessalinização, e este detalhe foi objeto do contrato de parceria assinado em outubro do ano passado de 2022 pela CAGECE com a Cogerh e a Utilitas – empresa do Grupo Marquise que executará todo o trabalho de transferir a água de reuso da Região Metropolitana de Fortaleza para o Hub do Hidrogênio Verde no Ceará.

Os mesmos três engenheiros, questionados sobre a geração de energia por biomassa para o Hub do Pecém, disseram que “não há espaço, no planeta Terra, para gerar energia elétrica dessa fo nte capaz de suprir as necessidades da humanidade, algo que só o H2V (Hidrogênio Verde) e o NH3 (amônia) poderão fazê-lo a médio e longo prazos”.

Quanto ao “estoque de energia”, que poderia ser o calcanhar de Aquiles das renováveis que geram de maneira intermitente e necessitam de ser estabilizadas, os três engenheiros disseram:

“Hoje, o Sistema Interligado Nacional (SIN) utiliza os reservatórios das hidrelétricas e/ou usinas termelétricas para fazê-lo, posto que as baterias ainda são muito onerosas. Mais adiante, o H2V fará também esse papel, com o que se eliminarão as energias fósseis para equilíbrio do sistema nacional que hoje tem um consumo menor do que 200 GW, enquanto a Europa chega aos 2 mil GW, estabilizados e massivamente poluentes, em busca do Hidrogênio Verde para gerar e estocar energia, a despeito de guerras”.

Esta coluna recebeu, às 16h45 uma ligação telefônica de uma fonte do Grupo Marquise, informando e esclarecendo qie a Utilitas é uma empresa controlada pela PB Engenharia e pela Cagece.

O mesmo informante esclareceu que o Grupo Marquise mantém negociação com a PB Engenharia para fixar o percentual de sua participação no capital da empresa.

Fonte: Diário do Nordeste


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