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Programa Águas Brasileiras: dez empresas formalizam parceria para financiar revitalização de bacias hidrográficas

Compromisso com o Governo Federal foi anunciado na segunda-feira (22) em solenidade no Palácio do Planalto em comemoração ao Dia Mundial da Água

 

bacias hidrográficas

Imagem Ilustrativa

 

No Dia Mundial da Água, comemorado na segunda-feira (22), dez empresas anunciaram a parceria com o Governo Federal para patrocinar ações do Programa Águas Brasileiras. As organizações irão aportar recursos em projetos de revitalização das principais bacias hidrográficas do País. O compromisso foi anunciado em evento no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Agricultura, Tereza Cristina, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, e da Controladoria-Geral da União, Wagner do Rosário.

“Apoiar a agenda de revitalização de bacias hidrográficas é parte da estratégia de sustentabilidade de muitas empresas brasileiras que associam o patrocínio de projetos à sua atividade econômica e ao ganho de imagem junto à sociedade. Além disso, a agenda verde permite o acesso a mercados consumidores e financeiros que são hoje fortemente influenciados por questões ambientais e sociais. O que nós estamos fazendo é buscar e selecionar projetos que atendam estrategicamente as áreas que mais precisam de intervenções para garantir que a água, nosso principal diferencial estratégico, continue disponível em qualidade e quantidade suficientes para a população”, ressalta o ministro Rogério Marinho.

O Evento

No evento, as empresas Anglo American, Rumo Logística, Ambev, MRV Engenharia, Stone, Vale S.A, Engie Brasil, Bradesco, Caixa e JBS formalizaram a adesão. Outras companhias interessadas em conhecer melhor as iniciativas podem procurar diretamente a Assessoria Especial do MDR, por meio do e-mail [email protected], para agendar uma apresentação.

No total, 26 propostas, de 48 inscritas em edital, foram selecionadas pelo Programa Águas Brasileiras. Elas contemplam mais de 250 municípios de 10 estados e visam o uso sustentável dos recursos naturais e a melhoria da disponibilidade de água em quantidade e qualidade para os usos múltiplos. Foram escolhidos 16 projetos para a Bacia do Rio São Francisco, dois para a do Rio Parnaíba, dois para a do Rio Taquari e seis para a do Rio Tocantins-Araguaia. Desde dezembro, o MDR vem apresentando o Programa Águas Brasileiras para as empresas.

“Nossa meta é viabilizar, com a iniciativa, o plantio de 100 milhões de árvores nas quatro bacias hidrográficas prioritárias. Essa ação é essencial para a recomposição das matas ciliares e para a proteção das áreas de recarga de nascentes”, destaca Rogério Marinho.

As ações do Programa contemplam os seguintes eixos temáticos: manejo florestal sustentável; proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, prioritariamente de nascentes, e de áreas de recarga de aquíferos; implantação de sistemas agroflorestais; contenção de processos erosivos; soluções sustentáveis de saneamento no meio rural e reuso de água no meio urbano; técnicas de engenharia natural para infiltração da água com comprovados benefícios ambientais; ações que levem à redução da criticidade hídrica; e economia circular da água.

Práticas sustentáveis

Desde dezembro, o MDR vem apresentando o Programa Águas Brasileiras com o objetivo de mobilizar e engajar as empresas que têm compromissos com a agenda da sustentabilidade, possibilitando que elas possam agregar valor às suas atividades por meio do apoio a práticas sustentáveis em prol da proteção das águas brasileiras.

Entre as vantagens para as empresas que financiarem os projetos estão: inclusão de elementos ASG (ambiental, social e governança corporativa) na cultura organizacional e no seu posicionamento no mercado; geração de valor pela transição para uma atuação resiliente; agregação de valor às cadeias produtivas por meio de práticas sustentáveis; adaptação dos modelos de negócio à economia de baixo carbono; e possibilidade de certificação e comercialização de créditos de carbono decorrentes dos projetos de revitalização, permitindo a redução ou mitigação das emissões de carbono das empresas, no âmbito do mercado voluntário.


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Além disso, as empresas participantes receberão o Selo Aliança pelas Águas Brasileiras, que simboliza a atuação dos parceiros na proteção das águas do País. Na estampa está o pato-mergulhão – embaixador das águas brasileiras e uma das aves mais ameaçadas de extinção das Américas, que vive e se reproduz apenas em rios e cursos d’água extremamente limpos. A ave é considerada um bioindicador ambiental, pois onde é encontrada, há certeza de qualidade dos mananciais e da preservação. Atualmente, estima-se que a população da ave é de apenas 250 indivíduos, localizados principalmente nas bacias hidrográficas do São Francisco, Tocantins e Paraná.

Saiba mais

O objetivo do Programa Águas Brasileiras é revitalizar as principais bacias hidrográficas brasileiras, garantir água em quantidade e qualidade para a população e atrair investimentos privados para projetos de recuperação e preservação de áreas degradadas em diversas partes do País.

Entre as ações a serem desenvolvidas estão recuperação de áreas degradadas; recomposição de matas ciliares e preservação de nascentes para o aumento da quantidade e da qualidade da água; manejo florestal sustentável; proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, prioritariamente nascentes e áreas de recarga de aquíferos; implantação de sistemas agroflorestais; soluções sustentáveis de saneamento e reuso de água; e economia circular da água e outras ações voltadas para a promoção do desenvolvimento regional.

A iniciativa, lançada em dezembro de 2020, também visa avançar nos mecanismos de conversão de multas ambientais e pagamentos por serviços ambientais e aprimorar medidas de gestão e governança que garantam segurança hídrica em todo o País. Além disso, ações de conscientização da sociedade em relação a uma mudança de mentalidade sobre a disponibilidade da água, mostrando que, se não houver cuidado, há risco real de desabastecimento, prejudicando a qualidade de vida e a economia deverão ser realizadas.

O programa reúne, além do MDR, os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Meio Ambiente (MMA), da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Controladoria-Geral da União (CGU), estados e municípios.


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