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Países amazônicos se unem para preservar a floresta em meio à crise climática

Crise climática – Floresta Amazônica

Salvar a vida no planeta e superar a crise climática requer um investimento de US$ 3,3 trilhões por ano

Crise climática Floresta Amazônica
Crise climática – Floresta Amazônica

Crise climática – Governantes da América do Sul voltaram a afirmar que países ricos têm de financiar o combate ao desmatamento.

Os oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) decidiram em 08/07/23, em Leticia, Colômbia, promover medidas urgentes para preservar a maior floresta tropical do mundo.

“O que se faz em um canto da América do Sul repercute em outro. Por isso nossa cooperação é tão importante”, expressou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, juntamente com o colega da Colômbia, Gustavo Petro, encerrou uma reunião técnico-científica de dois dias promovida por Bogotá antes do encontro de cúpula da OTCA, que terá Belém como sede em agosto.

Delegados da OTCA, formada por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, concordaram com a necessidade de evitar um caminho sem volta em termos de degradação da Amazônia, que esta afetada pelo desmatamento, pela exploração de minerais e petróleo e pela extensão das fronteiras agrícolas e pecuárias.

“Para apoiar a Amazônia, segundo a ciência, precisamos manter 80% de suas florestas de pé e não passar dos 20% de desmatamento. Infelizmente, já estamos em 17%”, ressaltou a ministra do Meio Ambiente colombiana, Susana Muhamad. “Perder a Amazônia, chegar a um caminho sem volta, tem consequências irreversíveis para a mudança climática no mundo.”

As decisões políticas, porém,  serão insuficientes se não houver apoio financeiro para preservar a floresta amazônica, que abriga 10% de todas as espécies de flora e fauna e possui a maior reserva de água doce do planeta.


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“Salvar a vida no planeta e superar a crise climática requer um investimento de 3,3 trilhões de dólares por ano, e 30 vezes menos nem sequer foram cumpridos”, disse Gustavo Petro, referindo-se ao compromisso dos países ricos de contribuir com 100 bilhões de dólares para enfrentar a crise climática, assumido durante a reunião de cúpula de 2009, em Copenhague.

Lula afirmou que o princípio das responsabilidades comuns, “mas diferenciadas”, continua sendo central:

“Vamos ter que exigir, juntos, que os países ricos cumpram seus compromissos” diante da crise climática.

“Foram eles que emitiram, historicamente, a maior parte dos gases do efeito estufa. Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, disse Lula, como é o caso das nações amazônicas em órgãos como o Fundo Mundial para o Meio Ambiente.

O presidente brasileiro constatou que esta é a primeira vez na história que Brasil e Colômbia têm governos progressistas que compartilham o compromisso de pôr a Amazônia no centro de suas políticas.

Lula ressaltou que o desmatamento na Amazônia — que ocupa 40% da América do Sul — reduz as chuvas na região, ameaçando o abastecimento de água.

Anunciou que o Brasil vai institucionalizar o Observatório Regional Amazônico, que orientará políticas públicas de conservação e gerará alertas sobre secas, inundações, incêndios e contaminação.

Temas como proteção dos povos indígenas, bioeconomia e combate aos crimes transnacionais foram discutidos na reunião técnico-científica, informou Lula.

O Brasil, que ocupa a maior parte da Amazônia, enfrenta um desmatamento acelerado.

Lula afirmou que seu governo (2023-2027) reduzirá a zero a derrubada ilegal de árvores até 2030:

“Este é um compromisso que os países amazônicos podem assumir juntos na reunião de cúpula de Belém”.

Fonte:noticias.r7


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