NOTÍCIAS

Eco-ansiedade: preocupação com a mudança do clima se torna fenômeno global

Eco-ansiedade mudança do clima

Primeiro estudo global sobre os efeitos na saúde mental mostra semelhanças e diferenças nos diferentes países

Eco-ansiedade Mudança do clima

Eco-ansiedade mudança do clima- Um novo estudo publicado no periódico Journal of Environmental Psychology e divulgado no início de outubro mostrou que a ansiedade climática se tornou um fenômeno global.

Pesquisadores entrevistaram mais de 10.000 alunos universitários de 32 países, incluindo o Brasil, e identificaram traços do transtorno em todas as regiões.

O estudo foi realizado por pesquisadores de diversos países, como Inglaterra, Brasil e Noruega, entre outros.

O fenômeno pode ser relacionado ao movimento que teve início com Greta Thunberg, a ativista sueca que ficou conhecida por dar início aos protestos pelo clima.

Em diversas oportunidades, ela fez vários discursos emocionados e com palavras fortes para expressar a sua preocupação com o futuro dos animais, do meio ambiente e do planeta.

A ativista abriu o caminho para que inúmeros jovens começassem a se interessar pelo tema do aquecimento global e, dessa forma, compartilhar a mesma indignação.

Contudo, o aumento da preocupação com o futuro do planeta ganhou contornos mais sólidos e se tornou uma tendência conhecida como ecoansiedade ou ansiedade climática.

Segundo o estudo internacional, um quadro psicológico é chamado dessa forma quando a experiência de angústia relacionada ao ambiente engloba emoções negativas como medo, preocupação, culpa, vergonha, desesperança e desespero.

Dentro dos resultados encontrados, ao mesmo tempo em que o transtorno foi identificado de forma global, a ansiedade climática foi relacionada a um comportamento positivo em relação ao meio ambiente.


LEIA TAMBÉM: LAGOS ESTÃO MENOS AZUIS EM RAZÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, CONCLUI ESTUDO


Os participantes do estudo indicaram que agem de forma consciente para poupar a natureza, como economizar energia em casa, usar transporte público e evitar o desperdício de alimentos.

Essas pessoas também tendem a participar de protestos pelo clima, mas essa relação foi comprovada em apenas 12 dos 32 países analisados.

A maioria dos países em que foi observada uma ligação significativa entre a ansiedade climática e o ativismo ambiental eram europeus, democráticos e relativamente ricos.

Entre as conclusões do estudo, os pesquisadores afirmaram que a ansiedade climática está relacionada à natureza da informação que as pessoas recebem através da mídia.

“Não o mero volume de exposição na mídia, mas o conteúdo da informação e a quantidade de atenção que as pessoas prestam a ela. As informações sobre os impactos das mudanças climáticas parecem mais fortemente ligadas à ansiedade climática do que as informações sobre as soluções das mudanças climáticas”, diz o estudo.

Do total de pessoas entrevistadas, 45,9% afirmaram que estão “muito ou extremamente preocupadas” com a mudança do clima, e 24% afirmaram que estão “muito ou extremamente aterrorizadas”.

Ao mesmo tempo em que o estudo mostra uma primeira compreensão global sobre como a ansiedade por causa do clima afeta pessoas de diferentes regiões do planeta, e com diferentes condições de mudar de estilo de vida, os dados trazem novas informações sobre a saúde mental da população.

“É preciso dar maior prioridade ao desenvolvimento de uma compreensão ampla correspondente do escopo, natureza e distribuição dos impactos no bem-estar potencialmente decorrentes de emoções negativas relacionadas ao clima”, diz o estudo.

Fonte: veja.abril


ÚLTIMAS NOTÍCIAS: ÁGUA DE REÚSO NO CEARÁ: COGERH E CAGECE FIRMAM PARCERIA PARA OFERTAR PARA USINA DE HIDROGÊNIO VERDE NO CEARÁ

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO LANÇA PRIMEIRO EDITAL DE SELEÇÃO PÚBLICA DE PATROCÍNIOS

 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: