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Consórcio PCJ procura prefeitos para somar esforços na gestão da água

Meta é racionalizar recursos públicos, diz secretário executivo do órgão.
Saneamento e educação ambiental são alguns dos assuntos abordados.

O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) informou que tem procurado as prefeituras da região de Campinas (SP) para orientar as ações de gestão da água. De acordo com o secretário executivo do órgão, Francisco Lahóz, a medida visa somar esforços entre os municípios neste momento de crise econômica, evitando despesas desnecessárias e racionalizando os recursos públicos.

“O trabalho que o consórcio sempre faz perto da troca de prefeitos é justamente para que os prefeitos recebam de forma detalhada e de fácil compreensão tudo que existe de disponibilidade, sobre como se engajar nesse planejamento existente, para que ele não destoe do que já existe e que ele possa somar esforços”, explica.
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No documento encaminhado aos gestores, o Consórcio PCJ recomendou diretrizes de políticas públicas que auxiliem as gestões municipais sobre ações relacionadas à água e temas de seu impacto, como saneamento, reflorestamento ciliar e educação ambiental.

Planejamento

No entanto, este ano, além deste tipo de orientação que o órgão já realiza desde 1989, foram enviados também para os municípios as “22 Metas para a Sustentabilidade Hídrica Futura Frente aos Desafios Climáticos para os próximos 30 anos”, que tem como objetivo assegurar a disponibilidade de água de qualidade e em quantidade para o abastecimento público, industrial e rural, diante dos impactos trazidos pelas mudanças climáticas.

“Quando você enfrenta uma novidade climática junto com uma crise financeira no país, isso clama por um pacto. E qual é o pacto? Da sociedade utilizar os planejamentos que já existem, rever esses planejamentos […] Para que nós não só aprendamos a viver com isso como que ao mesmo tempo associemos a geração de empregos, saída da crise, só que com ações voltadas à reciclagem, a proteção de mananciais, ecoturismo e turismo ambiental. É concentrar ações importantes, sustentáveis, com políticas públicas”, afirma o secretário.

Quando você enfrenta uma novidade climática desse porte junto com uma crise financeira no país, isso clama por um pacto”
Francisco Lahóz, secretário executivo do PCJ

Detalhes

Dentre as 22 metas se destacam a redução das perdas hídricas para patamares abaixo de 20%, 100% de tratamento e coleta de esgoto, e 100% de abastecimento de água potável.

Também se estabeleceu como meta a redução do consumo de água para 110 litros por habitante/dia. Atualmente, o índice nas bacias PCJ está acima de 200 litros.

O documento ainda sugere que o tema água seja tratado como assunto de segurança nacional nas políticas voltadas à gestão de recursos hídricos.

Os documentos enviados aos gestores são fundamentais para a elaboração das políticas municipais de recursos hídricos e de saneamento, além de crucial para o sucesso de execução do Plano de Bacia, que prevê até 2035, o reenquadramento dos rios da região em classe 2, ou seja, uma água de qualidade e despoluída.

Ainda segundo o secretário, o planejamento da entidade com horizonte até 2030 está focado na sensibilização do poder público sobre esses desafios, para que ações sejam tomadas em conjunto.

“O que fizemos agora é bem realista, porque estamos num período de crise finaceira, então, nós procuramos concentrar muito mais as atividades, para que tudo que possa ser coletivo, não seja feito individualizado, para a redução de custos. Procuramos sempre a troca de experiência. E em parceria, nós estamos tentando construir uma realidade sustentável”, finaliza Lahóz.

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Mata ciliar às margens do Rio Atibaia, em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)

Fonte: G1

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