Inteligência artificial e desastres naturais
Organização Meteorológica Mundial diz que avanços tecnológicos podem ajudar a identificar populações em risco e melhorar prevenção de desastre naturais
Desastres naturais – As grandes empresas de tecnologia podem contribuir com a meta Alertas Antecipados para Todos. Essa foi a conclusão de debates realizados no Congresso Meteorológico Mundial, que aconteceu em Genebra, na Suíça, na última semana de maio.
Líderes do setor como Microsoft, Google, Meta, Amazon e Alibaba participaram de uma sessão de alto-nível sobre o uso da tecnologia na preparação para eventos ambientais e climáticos extremos.
Apoio a países em desenvolvimento
O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, OMM, Petteri Taalas, disse que o desafio dos desastres naturais causados pela ação humana “devem ser enfrentados como uma joint venture dos setores público e privado”.
Segundo ele, existe um “número crescente” de empresas de tecnologia da informação interessadas em contribuir com o estabelecimento de sistemas de alertas antecipados em países em desenvolvimento.
O encontro reforçou que a inteligência artificial pode ter um papel importante na avaliação de riscos.
O plano estratégico da OMM para o período 2024 a 2027 incorpora elementos de ponta da inteligência artificial para impulsionar progressos rápidos em ciência e tecnologia.
Projeto-piloto
A agência pretende implementar a ferramenta em um projeto-piloto de previsões do tempo de curto-prazo, ramo conhecido como nowcasting. O método consiste em uma descrição meteorológica detalhada do momento presente até 6 horas à frente.
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O nowcasting tem como foco a necessidade de informações rápidas, atualizadas e de alta qualidade sobre tempestades, tornados, ventanias, nevascas chuva de granizo, dentre outros eventos climáticos.
Segundo Taalas, o uso da inteligência artificial pode significar um “apoio imensurável” para alertas precoces em várias áreas.
Durante o evento, as empresas do setor de tecnologia da informação assumiram compromissos com a agenda.
Compromissos das empresas
A Microsoft disse que a inteligência artificial e satélites de alta resolução podem ser usados para mapear populações em risco e na avaliação de danos pós-desastre, como foi o caso do terremoto na Turquia este ano.
O Google considera cooperar com a OMM realizando projetos-piloto sobre inundações em alguns países. Atualmente a empresa está trabalhando com a Rede de Informações em Saúde sobre Aquecimento Global, copatrocinada pela OMM.
A meta da iniciativa é combater o calor extremo e informar as pessoas sobre como se manter seguras e se proteger.
A Amazon disse estar comprometida em usar o poder do armazenamento de dados em nuvem para apoiar sistemas globais de alerta precoce. A empresa está apoiando o novo sistema de informação da OMM, que é a estrutura para o compartilhamento de dados meteorológicos, hidrológicos, climáticos e oceânicos.
A Meta declarou ter recursos de resposta a desastres desde 2014, alcançando milhões de pessoas em comunidades impactadas por crises em 125 países.
A empresa responsável por redes sociais como Facebook e Instagram citou ações como alertas de verificação de segurança, páginas de crise, e mecanismos de ajuda a comunidades afetadas.
Já o conglomerado de comércio digital Alibaba mencionou o uso de inteligência artificial para ajudar na prevenção e redução de desastres, com foco na Ásia.
Os exemplos citados pela empresa foram a convocação de embarcações de pesca em condições climáticas de tufão, limpeza de rios em temporada de enchentes e promoção da segurança urbana.
Fonte: un.org
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