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Produtor rural passa a ganhar dinheiro por preservar meio ambiente

Mecanismos de financiamento estão cada vez mais populares; título verde na Bolsa já movimenta R$ 5 bilhões

O Brasil tem testemunhado uma proliferação de mecanismos de financiamento a produtores rurais ou donos de terras no interior do país para preservarem o meio ambiente. Essa tendência se acentuou nos últimos anos, acompanhada por um maior olhar de governos, empresas e da sociedade em relação ao tema.

Nesse contexto, o governo federal regulou o mercado de CPRs Verdes em 2021. Instituições pagam aos donos de terra por implementar políticas ambientais. Posteriormente, a B3 registrou a primeira CPR Verde em 2022, estimando que essas transações possam movimentar cerca de R$ 5 bilhões. Empresas adquirem as CPRs Verdes para compensar emissões de gases. Fernando Bianchini, Superintendente de Produtos da B3, afirma que muitas ainda serão negociadas no futuro.

Essas CPRs variam entre valor atual e expectativa de créditos de carbono futuros. Um exemplo é o produtor rural José Soares, 65 anos, que relata lucros por preservar 40% de sua terra. Ele migrou para Santa Cruz do Xingu na década de 90 e obtém ganhos anuais acima de R$ 300 mil.


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 Mercado Sustentável  Meio Ambiente

Anteriormente, os governos, inclusive os internacionais, criticavam quem produzia alimentos no bioma amazônico e no Cerrado. No entanto, agora, o empresário recebeu dinheiro pela área preservada. No ano de 2022, José lucrou R$ 8.770 com UCS. Ele produz várias UCS anualmente para empresas compensarem emissões de carbono. Caso opte por vendê-las, sua fazenda pode faturar R$ 5 milhões por ano. Embora o mercado seja incipiente, José espera que sua família colha os frutos.

Por outro lado, os pesquisadores da Unesp realizaram o cálculo do inventário da biodiversidade. Se uma área possui árvores e animais diversos, seu valor é computado. Curiosamente, a primeira CPR Verde registrada na Bolsa foi estruturada com um grande pacote de UCS. Grandes empresas e fundos de investimento têm o objetivo de zerar emissões até 2030 e comprar créditos. Segundo Maria Tereza Umbelino, a expectativa é de que o Brasil movimente mais de R$ 1 trilhão por ano em créditos sustentáveis.

Enquanto as grandes empresas compram os títulos, os pequenos negócios podem contribuir para a transição verde. Como exemplo, a clínica odontológica Viana Frascino comprou UCS para compensar a pegada de carbono. Silvana Frascino afirmou que a preocupação com o meio ambiente agregou valor à empresa. Já o diretor técnico do Sebrae MT, André Schelini, considera as ações sustentáveis uma vantagem competitiva para pequenas empresas. Além disso, Eduardo Eubank, dono da Pousada Piuval, investiu em produtos sustentáveis e percebeu que os clientes estão dispostos a pagar mais.

Fonte: Poder 360


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