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Gestão Energética: como aliar sustentabilidade, custos e performance na indústria química

O primeiro webinar realizado pela Veolia no Brasil contou com a presença de especialistas do setor industrial que discutiram sobre as tendências da indústria Química e Energética e conceitos da gestão 4.0 do setor

 

industria

Imagem Ilustrativa

 

Os convidados para o webinar foram: Newton Duarte, Presidente-executivo da COGEN; Gabriela Cravo, responsável por Eficiência Energética na BRASKEM; Ezio Musetti, Gerente de Utilidades Industriais na SOLVAY; Francisco Dal Rio, Diretor Técnico na VEOLIA BRASIL; Ciro Marino, Presidente-executivo da ABQUIM e José Renato Bruzadin, Diretor de Desenvolvimento de Negócios Industriais na VEOLIA BRASIL e mediador do webinar.

Energia e Sustentabilidade – Setor químico

A indústria química tem um faturamento ao redor de US$ 102 bilhões de faturamento líquido. Atualmente, a indústria química brasileira atinge cerca de 11% do PIB industrial brasileiro e gera cerca de 2 milhões de empregos diretos e indiretos.

A construção civil é um dos segmentos que mais consome químicos. Desde a formulação de cimentos, concretos, tintas e uma série de outros insumos que são utilizados nos sistemas hidráulicos e elétricos da construções. É importante imaginar que um setor de construção civil “bem servido” pela indústria química, possa seguramente poupar recursos naturais e ajudar na conservação de energia.

A agricultura é outro setor que a indústria química tem um papel super relevante. Além dos fertilizantes e agroquímicos, a indústria química também atua na plasticultura que ajuda a prover ao agricultor uma melhoria de produtividade, redução no consumo de agroquímico e fertilizantes e redução expressiva no consumo de água. Segundo Ciro Marino:

“Já vi algumas produções de frutas, por exemplo, que a redução de água de irrigação pode ser de até 60%. Como água é um bem escasso, esse é um papel super importante em que a química está presente, atuando como parceira da agricultura.”

No segmento automotivo a indústria química também está muito presente, seja na fundição de alumínio, fundição de aço, fundição de ferro, tintas, revestimentos, faróis, etc. Muito dos produtos químicos, normalmente, tem a função de reduzir o peso do veículo, além de o tornar mais seguro, reduz seu peso, tem um consumo menor de combustível, uma menor emissão de hidrocarbonetos de forma geral, ou até mesmo gás carbônico.

Já o uso de energias de fontes renováveis (seja energia eólica ou energia solar), a maior parte de seus componentes vêm de matéria prima química, desde as pás dos sistemas eólicos, até a complexidade na construção do motor elétrico do gerador. As placas solares também tem aplicada uma química de alta complexidade.

Portanto, a ideia da química é prover produtos e soluções para os demais setores e produtos, e soluções mais sustentáveis.

Energia Elétrica: Impacto na Produção

Quando falamos da indústria química como um todo, cerca de 46% na média da indústria é consumida por energia elétrica. A energia elétrica é o principal componente de custo da indústria de cloro-álcalis. Segundo dados das empresas do setor levantados pela FIPE em 2013, a energia elétrica respondeu por 46% do custo operacional da indústria naquele ano, sendo que 63% desse valor referem-se ao custo básico da energia elétrica e 37% dizia respeito à despesa com encargos e tributos embutidos.

O Programa Atuação Responsável

Os processos industriais no Brasil são responsáveis por cerca de 7% das emissões totais de gases do efeito estufa. Já o setor químico é responsável por 9% das emissões de processos.

O que se tem trabalhado na indústria é a melhoria contínua de processos, produtos e serviços, inovação e desenvolvimento de processos mais sustentáveis e em soluções para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Isso vale não só para os produtos gerados da química para a própria química, como também da química para os demais setores que estão a jusante.

“Precisamos lembrar que nossos ativos tem tecnologias da década de 70 e isso é um desafio muito grande e requer parceria importantes como a Braskem tem adotado, como por exemplo discussões com a Veolia e outros parceiros”, aborda Gabriela Cravo.

O futuro da Indústria Química – Oportunidades

  • Tamanho da economia brasileira: A recente queda da atividade econômica foi forte, mas a economia brasileira ainda figura entre as maiores – ocupa a 8ª posição – e mais dinâmicas do mundo.
  • Grandes reservas de óleo e gás: Em 2017, foram declarados 12.835 MMbbl de reservas Provada e 23.630 MMbbl de reservas Prováveis e Possíveis de petróleo. Essa situação permite a solução para 2 desafios: agregar valor à indústria de óleo e gás do Brasil e baratear os custos de matéria-prima para a indústria química.
  • Uso de energia de fontes renováveis: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, fonte de energia com custo muito competitivo em relação às outras fontes de carboidrato (como açúcar de beterraba).
  • Incentivo ao desenvolvimento sustentável dos demais setores: Uma pesquisa recente mostrou que 81% dos brasileiros dão muita importância a selos que garantam a utilização de fontes renováveis nos produtos que compram.
  • Mudanças setoriais: As mudanças nos hábitos dos consumidores, criam oportunidades nos seguintes setores: Tratamento de água e saneamento básico, embalagens plásticas, mobilidade, edificações, agricultura, saúde e cosméticos e higiene pessoal.
  • Química 4.0: A nova estrutura de Química 4.0 traz inovações em importantes vetores do setor químico tais como: automotivo, construção e indústria de embalagens, que deverão acontecer gradualmente.

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Principais Propostas da Indústria Química

É preciso perseguir um preço internacionalmente competitivo:

  • Apoiar a iniciativa do uso de fontes de cogeração de energia na indústria química.

É preciso aumentar a eficiência e reduzir os custos de energia, por exemplo:

  • Eliminando encargos e subsídios cruzados;
  • Tornando mais eficiente a distribuição da Conta de Desenvolvimento Energético;
  • Ampliando a oferta de gás e derivados de petróleo provenientes do Brasil.

É preciso aprimorar a regulação do setor energético, por exemplo:

  • Harmonizando regulação do mercado de gás natural entre Estados;
  • Regulamentando a exploração do gás de xisto;
  • Aprimorando o carco regulatório do setor elétrico.

Oportunidades – O Potencial do Pré-Sal

O Pré-Sal é a grande oportunidade a ser aproveitada para alcançar o crescimento da indústria brasileira.

  • Fomentar destinações mais nobres aos recursos naturais, com mais agregação de valor para o Brasil como Refinarias, Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs), Centrais Petroquímicas e Unidades Químicas.
  • Evitar mudanças de legislação que vão na contramão do desenvolvimento industrial e do meio ambiente, à exemplo da queima de etano no gás natural.

Ações da Indústria Química

  • Redução da emissão de GEE em 44% – 2006 a 2016: Operação da Unidade Abatimento N2O;
  • Telas de Catalisadores – Abatimento de 60mil toneladas de CO2;
  • Integração energética: redução do consumo de vapor e gás natural por t produzida, -10 mil ton de CO2/ano;
  • Tecnologias 4.0: Machine Learning – fatores que afetam o consumo de gás natural, redução de consumo;
  • Simbiose ambiental: reaproveitamento energético de gases residuais de empresas vizinhas, redução de emissão de 703 mil ton de CO2 desde 2010;
  • Substituição das lâmpadas convencionais por lâmpadas de LED: queda da emissão de 430 ton de CO2/ano;
  • Plantação de mudar como compensação de emissões nas operações de logística;
  • No Brasil, energia gerada a partir de fontes representa 46% do total – biomassa, energias eólica e solar – enquanto a média mundial é 14,2% e média dos países da OCDE: 10,8%.

Segundo Francisco Dal Rio, Diretor Técnico na VEOLIA BRASIL:

“Nós desenvolvemos o projeto com as indústrias, onde fazemos a análise dos sistemas e equipamentos que vão ser monitorados, as entradas e as saídas, definimos as medições que devem ser efetuadas, os KPIs que devem ser monitorados. Verificamos o que a indústria já tem implantado e montamos um projeto pra complementar o necessário. Mas além do monitoramento, o essencial é a analise e a execução das ações para a eficiência do sistema. A VEOLIA tem 6 centros de inteligência e performance, um deles aqui no Brasil onde fazemos esse trabalho.”

veolia

A VEOLIA desenvolve junto com a indústria, com base nas análises dos dados, novos projetos de eficiência energética que possa ajudar na diminuição dos custos e promove melhorarias em performance da indústria.

Conheça mais sobre os serviços e produtos  a VEOLIA.


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