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Brasil assina compromisso global pela redução de emissão de gás metano em 30%

Um grupo de 103 países se juntou em um esforço liderado pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) para reduzir as emissões do potente gás de efeito estufa metano em 30% até 2030. O Brasil está entre os signatários do “Compromisso Global de Metano”, conforme antecipou o analista de assuntos internacionais da CNN Lourival Sant’Anna na manhã de terça-feira (02).

Brasil se une a grupo de 103 países que assume o compromisso de reduzir emissões de metano, um potente gás de efeito estufa

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Imagem ilustrativa

O pacto visa combater uma das principais causas das mudanças climáticas, disse um alto funcionário do governo de Joe Biden. A parceria entre as nações foi lançada formalmente ainda na terça-feira (2). O metano é o principal gás de efeito estufa depois do dióxido de carbono.

O metano tem um potencial de retenção de calor maior do que o CO2, mas se decompõe na atmosfera mais rapidamente – o que significa que a redução das emissões de metano pode ter um impacto rápido no controle do aquecimento global.

O Global Methane Pledge, que foi anunciado pela primeira vez em setembro, agora inclui metade dos 30 principais emissores de metano, responsáveis ??por dois terços da economia global, de acordo com o funcionário do governo Biden.

Em fala na COP26, Biden reforça compromisso

Em Glasgow, Biden reforçou o compromisso de reduzir as emissões de metano e afirmou que a medida pode reduzir, inclusive, doenças respiratórias como a asma.

“Isso vai fazer uma grande diferença. E não apenas quando se trata de combater as mudanças climáticas, como [a presidente da UE, Ursula von der Leyen] apontou. Saúde física dos indivíduos e uma gama de outras coisas. Vai melhorar a saúde, reduzir a asma e emergências respiratórias, e também melhorar o suprimento de alimentos, reduzindo a perda de safras e a poluição no nível do solo”, disse o presidente norte-americano.

A redução, segundo Biden,

“vai impulsionar nossas economias, economizando dinheiro para as empresas, reduzindo vazamentos de metano, capturando metano e transformando-o em novas fontes de receita e também criando empregos com bons salários para nossos trabalhadores”.

Brasil é um dos maiores emissores

O Brasil é um dos cinco maiores emissores mundiais de metano. China, Rússia e Índia, que também estão entre os cinco maiores emissores de metano, não assinaram o compromisso. Estes países foram todos incluídos em uma lista identificada como “alvos” para aderir ao compromisso.

Desde que foi anunciado pela primeira vez em setembro, os Estados Unidos e a União Europeia trabalharam para fazer com que os maiores emissores de metano do mundo aderissem à parceria.

Sessenta países se inscreveram na última semana

Cerca de 60 países se inscreveram apenas na semana passada, após um empurrão diplomático final dos Estados Unidos e da UE antes da cúpula da COP26.

Embora não faça parte das negociações formais da ONU, a promessa de redução da emissão de metano pode ser classificada entre os resultados mais significativos da conferência COP26, dado seu impacto potencial em conter as mudanças climáticas desastrosas.


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Em maio, um relatório da ONU disse que cortes acentuados nas emissões de metano nesta década poderiam evitar quase 0,3 grau Celsius de aquecimento global até 2040.

Deixar de lidar com o metano, no entanto, afastaria o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 C acima dos níveis pré-industriais e evitar os piores impactos das mudanças climáticas.

O corte de 30% do metano seria alcançado em conjunto pelos signatários e cobriria todos os setores. As principais fontes de emissões de metano incluem infraestrutura com vazamento de óleo e gás, antigas minas de carvão, agricultura e aterros sanitários.

Impacto no setor de energia

Se cumprida, a promessa provavelmente terá o maior impacto no setor de energia, já que analistas dizem que consertar a infraestrutura de petróleo e gás com vazamentos é a maneira mais rápida e barata de reduzir as emissões de metano.

Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de petróleo e gás, enquanto a UE é o maior importador de gás.

Os EUA devem anuciar as regulamentações de metano para petróleo e gás esta semana. A UE e o Canadá planejam divulgar uma legislação sobre o metano direcionada ao setor de energia ainda neste ano.

Fonte: Biomassa e Energia.


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