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Análise e projeções de inflação

Resumo

Os dados mais recentes revelam que o cenário inflacionário no país segue bastante pressionado, de modo que, nos últimos doze meses, terminados em outubro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 10,7%, atingindo a maior variação desde janeiro de 2016. Nota-se, também, que essa aceleração da inflação vem sendo caracterizada por um aumento generalizado de preços, tendo em vista que os reajustes, inicialmente mais centrados nos bens e serviços administrados e nos alimentos no domicílio, estão se disseminando pelos demais segmentos da economia. Por certo, embora no acumulado de 2021 a alta de 8,24% observada no IPCA ainda esteja fortemente impactada pela elevação de 14,2% dos preços administrados e de 7,4% dos alimentos, o reajuste de 9,3% dos bens industriais e, mais recentemente, a aceleração dos serviços livres, que já chega a 3,7%, ratificam esse quadro de maior difusão inflacionária.

Introdução

Ao longo do último trimestre, a inflação brasileira continuou a surpreender negativamente, de modo que, no acumulado em doze meses, até outubro, o IPCA registra alta de 10,7%. Além de uma desaceleração menos intensa dos alimentos no domicílio, o impacto sobre os preços administrados de novos reajustes da energia e da gasolina, aliado à recomposição mais expressiva dos preços dos bens industriais e dos serviços, completa esse quadro de forte pressão inflacionária. Como consequência dessa alta do IPCA, que já chega a 8,2% no acumulado do ano, as expectativas inflacionárias do mercado, divulgadas pelo relatório Focus, do Banco Central do Brasil (BCB), vêm apresentando sucessivas elevações, já ultrapassando 10%, em 2021, e se aproximando de 5%, em 2022.

Autores: Maria Andréia Parente Lameiras e Marcelo Lima de Moraes.

 

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