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Webinar discute monitoramento do esgoto como ferramenta de vigilância epidemiológica durante pandemia

Seminário on-line gratuito aborda os resultados e a metodologia adotada no projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, que acompanha a presença do novo coronavírus nos esgotos de Belo Horizonte e Contagem (MG)

 

ana

 

No atual contexto de pandemia do novo coronavírus (COVID-19), uma das formas de monitorar o contágio da população pelo vírus é pela análise do esgoto, o que vem sendo realizado pelo projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos.

Os resultados e a metodologia desse trabalho serão debatidos por especialistas durante o webinar COVID-19: Monitoramento do Esgoto como Ferramenta de Vigilância Epidemiológica, que acontecerá nesta sexta-feira, 22 de maio, das 10h às 12h. Para participar gratuitamente, acesse aqui o link do seminário on-line, que estará disponível no horário marcado.

A abertura da programação do webinar será realizada pela moderadora Marília Melo, diretora geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Na sequência, o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), Sérgio Ayrimoraes, fará uma contextualização sobre o projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos.

Coronavírus e os sistemas de esgotamento sanitário

Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), o pesquisador Bruno Cesar Mota falará sobre o novo coronavírus e os sistemas de esgotamento sanitário. Sobre a temática da concepção do estudo, coleta, preservação e transporte das amostras, três especialistas farão apresentações: o pesquisador Carlos Chernicharo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do INCT; Marcus Tulius, da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA); e Thiago Bressani, pesquisador do INCT.

O terceiro tema discutido no webinar será sobre o condicionamento das amostras e métodos adotados para detecção do novo coronavírus. A pesquisadora do INCT Juliana Calabria apresentará o assunto. Já a temática da divulgação dos resultados obtidos tanto para o público em geral quanto para profissionais da área será discutida pelo pesquisador do INCT Lucas Chamhum e por Filipe Laguardia, representante da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).


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No encerramento do webinar, a pesquisadora do INCT Lariza Azevedo abordará as pesquisas necessárias para o monitoramento do COVID-19 a partir do esgoto. Na sequência, os participantes terão espaço para enviar suas perguntas para os especialistas palestrantes.

Monitoramento COVID Esgotos

O projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos tem o objetivo de monitorar a presença do novo coronavírus nos efluentes de Belo Horizonte e Contagem (MG), gerando dados para a sociedade e ajudando gestores na tomada de decisão. A iniciativa, que terá duração inicial de dez meses, é fruto de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre a ANA e o INCT ETEs Sustentáveis/UFMG, em parceria com o IGAM, a COPASA e a SES-MG.

Os participantes do projeto-piloto pretendem identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus nas diferentes regiões analisadas para entender a prevalência e a dinâmica de circulação do COVID-19 nas duas cidades mineiras. Segundo o primeiro boletim da semana inicial dos trabalhos de campo do Monitoramento COVID Esgotos, a presença do novo coronavírus foi detectada em oito entre 26 amostras (31%). As coletas foram realizadas nas sub-bacias do ribeirão Arrudas e do ribeirão do Onça.

Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, não há evidências da transmissão do vírus, ainda com potencial de causar a infecção do COVID-19, através das fezes (transmissão feco-oral) e que o objetivo da pesquisa é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da transmissão, por exemplo. Assim, será possível subsidiar a adoção ou não de medidas de relaxamento do isolamento social com base científica. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência do novo coronavírus de forma regionalizada, embasando a tomada de decisão dos gestores públicos.

Fonte: Agência Nacional de Águas.

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