Estudo pioneiro no Amazonas é pautado no Índice de Qualidade da Água, conforme diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente, e no Programa Nacional de Qualidade das Águas (PNQA)
A qualidade da água nas principais microbacias de Manaus voltou a ser monitorada pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
A segunda etapa do projeto iniciou na segunda-feira (06/07) com a coleta no bairro Educandos. O resultado do Índice de Qualidade da Água (IQA) refletindo a realidade da região Norte será divulgado no fim deste mês. A ação é uma parceria da UEA com a Unidade Gestora de Projetos Especiais do Governo do Amazonas (UGPE) e Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea).
Nesta nova fase do projeto, a análise contará com um diferencial. Na primeira etapa, foram usados nove parâmetros de metais que compõem o IQA utilizados nacionalmente como primeira indicação da qualidade da água em qualquer corpo hídrico. Nesta segunda etapa, a novidade será a avaliação de outros metais que farão parte do monitoramento das microbacias. Esse trabalho sistemático do IQA no Amazonas é pioneiro.
“A partir desta coleta, os 45 pontos que compõem o projeto vão ter os nove IQA e mais 60 metais que irão ser identificados, quantificados e colocados à disposição da comunidade científica e da população para saber como anda a qualidade de água nessas microbacias de Manaus”, disse o coordenador do projeto, professor Sergio Duvoisin Junior.
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Ainda de acordo com o coordenador, a segunda fase do projeto de monitoramento da água terá a duração de três semanas. Sérgio destaca também que o estudo é pautado no IQA, conforme a Resolução do Conama nº 357/2005, e no Programa Nacional de Qualidade das Águas (PNQA).
Em março deste ano, foram analisadas 45 amostras coletadas em diferentes pontos das microbacias de Manaus, sendo 14 pontos na bacia do igarapé do Educandos e 31 pontos na bacia do igarapé São Raimundo. O objetivo foi disponibilizar aos gestores da área os dados necessários para as ações imprescindíveis para a melhoria da qualidade destes corpos hídricos. No site da iniciativa, é possível identificar a situação da água por meio de cores, com a cor azul significando água de ótima qualidade e a cor preta revelando a péssima qualidade da água no ponto analisado.
Sobre o projeto
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), realizou os primeiros passos do monitoramento da qualidade da água nas microbacias do São Raimundo e Educandos e a criação do Índice de Qualidade da Água (IQA) na região com o suporte de equipamentos adquiridos por meio da parceria com a UGPE, órgão que executa e fiscaliza as obras do Prosamim.
Essa parceria institucional faz parte de um termo de fomento no valor de R$ 1,4 milhão, oriundo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que possibilitou a compra e manutenção de equipamentos, como destiladores Kjeldhal, Demandas Bioquímicas de Oxigênio, Espectrofotômetro UV-Vis, entre outros. Os equipamentos beneficiam os cursos de Engenharia Química, Química, Biotecnologia, Farmácia, Ciências Biológicas, Gestão Ambiental, Petróleo e Gás e Produção Pesqueira e Saneamento Ambiental.
Equipe
O projeto conta com o apoio de professores mestres e doutores, técnicos e alunos da UEA. A coordenação é formada por seis químicos, um físico, cinco biólogos, um biotecnologista, um engenheiro ambiental, um licenciado em Geografia e quatro técnicos em Química.
Fonte: A Crítica.