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Reitor diz que recursos anunciados pelo MCTI darão novo impulso à ciência e tecnologia

 R$500 milhões serão voltados para infraestrutura focada em temas prioritários como saúde, defesa, transição energética, transição ecológica e transformação digital

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, disse ter recebido com entusiasmo a decisão da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, de liberar R$ 3,6 bilhões do Pró-Infra para a recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa em universidades e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs).

Os recursos serão distribuídos nos próximos dois anos por meio de editais da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), segundo o governo. O anúncio foi feito na cerimônia de abertura da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Curitiba na noite da última segunda-feira (24).

De acordo com o anúncio, do total de recursos, R$ 300 milhões serão usados exclusivamente para a consolidação e expansão da infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste em parceria com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. Outros R$500 milhões serão voltados para infraestrutura focada em temas prioritários como saúde, defesa, transição energética, transição ecológica e transformação digital.

“A retomada dos investimentos pelo governo federal em ciência, tecnologia e inovação nos deixa muito felizes”, disse o reitor da Unicamp. “Especialmente por reservar recursos para áreas prioritárias, nas quais a Unicamp tem tradição. São áreas nas quais a Unicamp tem uma atuação muito forte”, acrescentou Meirelles, referindo-se a ações que dizem respeito à assistência e inovação na saúde, a pesquisas em transição energética e transição ecológica e ao trabalho na área de transformação digital.

“Com esse anúncio, o governo federal mantém o compromisso de promover investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação e deixa claro que entende o importante papel das universidades e das instituições de Ciência e Tecnologia no desenvolvimento do país. Isso nos deixa muito satisfeitos”, finalizou o reitor.

A ministra Luciana Santos afirmou que o programa Pró-Infra tem a perspectiva de resgatar a capacidade das instituições brasileiras de produzir ciência de qualidade e tecnologia de ponta, que possam ajudar o país a crescer, a reduzir as assimetrias regionais e a gerar emprego e renda. “Nosso Pró-Infra está de volta”, assegurou.

A ministra anunciou também a reinstalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a convocação da 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, em 2024, pelo governo federal. Ela convidou a comunidade científica a se mobilizar pelo país nos eventos regionais para garantir ampla participação das entidades científicas.

Pró-reitorias

A pró-reitora de Pós-Graduação da Unicamp, professora Rachel Meneguello, comemorou a decisão do Ministério e lembrou que esses recursos serão fundamentais para a recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa nas universidades e institutos.

“Nesses últimos anos, houve o colapso do sistema federal de fomento em Ciência, Tecnologia e Inovação. O país foi colocado em ritmo de retrocesso com os cortes impostos e as ações de desmonte do governo anterior”, argumentou. “Esse investimento permite que retomemos boa parte do protagonismo em muitas áreas da produção da ciência e conhecimento, e os resultados serão vistos na capacidade ampliada de desenvolvimento do país”, finalizou ela.

O pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, professor João Romano, disse reconhecer a importância de se destinar recursos para a consolidação e a expansão da infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; da mesma forma, considera oportuna a definição de áreas prioritárias, voltadas a temas estratégicos para o país.

“Cabe ressaltar que um valor importante, de R$ 2,8 bilhões, não tem a priori vinculação geográfica nem temática, o que abre expectativa de investimento para as ciências básicas e aplicadas em todas as áreas do conhecimento”, ponderou ele. “É fundamental que nós, na Unicamp e nas universidades paulistas em geral, nos organizemos para ter acesso a esses recursos e deles obter melhorias significativas em nossa infraestrutura de pesquisa”, advertiu o pró-reitor.

Romano celebrou a reinstalação do Conselho e a realização da Conferência. “A gestão de Luciana Santos demonstra sensibilidade e preocupação em promover um debate sério e participativo sobre os rumos da pesquisa no Brasil, procurando ouvir a comunidade científica e entender suas necessidades, prioridades e anseios em colaborar com o desenvolvimento nacional”, afirmou o pró-reitor.

“A falta de estímulo e de investimento tem consequências a curto prazo, como se pode concluir observando a queda nas taxas de publicações de pesquisadores brasileiros em 2022. Uma nova perspectiva parece despontar, e é necessário muito trabalho e dedicação a partir de agora, para transformá-la rapidamente em realidade, o que passa também pela valorização da carreira de pesquisa em todas as áreas do conhecimento”, finalizou o pró-reitor.

Bolsas de estudo

Em meados de fevereiro deste ano, o governo federal já havia anunciado um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores. Os percentuais de correção variaram de 25% a 200%, e os novos valores passaram a vigorar em março. O governo federal também tornou oficial a recomposição do número de bolsas oferecidas.

Em 2015, havia 58,6 mil bolsas de mestrado, por exemplo. Em 2022, esse número foi reduzido para 48,7 mil — uma queda de quase 17%. O número subiu para 53,6 mil. A ministra Luciana Santos disse à época, que o investimento iria contemplar mais de 250 mil estudantes do ensino médio à pós-graduação.

Fonte: unicamp


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