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Fiocruz e UFMG firmam parceria para ampliar o Centro Nacional de Vacinas

Fiocruz e UFMG firmam parceria para ampliar o Centro Nacional de Vacinas

O objetivo é consolidar o Brasil como referência em pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos, reduzindo a dependência externa e impulsionando a soberania nacional em ciência e tecnologia

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) firmaram, no dia 9/10, um acordo de cooperação para expandir e fortalecer o Centro Nacional de Tecnologia em Vacinas (CN Vacinas), localizado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), em Minas Gerais. O objetivo é consolidar o Brasil como referência em pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos, reduzindo a dependência externa e impulsionando a soberania nacional em ciência e tecnologia.

Criado em 2016, o CN Vacinas é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que evoluiu a partir do antigo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da UFMG. O novo acordo com a Fiocruz amplia o escopo de atuação do centro, com foco não apenas em vacinas, mas também em diagnósticos, medicamentos e inovação tecnológica voltados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Um projeto de país

Durante o encontro, o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, destacou que a parceria com a UFMG representa mais do que uma iniciativa institucional: é uma estratégia nacional.

“Trata-se de um projeto exitoso e promissor, com possibilidade de trocas organizadas de experiências. Temos a perspectiva de colocar todo o sistema de ciência e tecnologia da Fiocruz a favor dessa cooperação”, afirmou. “É um projeto de autonomia e de soberania em um momento em que se discute a redução da vulnerabilidade do país em relação a tecnologias e produtos desenvolvidos no exterior. A Covid-19 mostrou que precisamos ter mais altivez na elaboração de políticas públicas.”

A reitora da UFMG, Sandra Goulart de Almeida, ressaltou a importância da cooperação para o avanço científico e tecnológico do Brasil.

“Esse é um projeto de Estado. A ideia é atender o país em uma área extremamente necessária, como ficou evidente durante a pandemia”, disse.

Sustentabilidade e governança

O encontro também marcou o início da estruturação de um programa de sustentabilidade e governança que vai nortear a parceria entre o CN Vacinas e a Fiocruz, com a participação de unidades como o Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

“Retomar de forma estruturada essas discussões e potenciais novas parcerias trará um grande ganho para as instituições”, avaliou a vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Priscila Ferraz.

O coordenador do CN Vacinas, Ricardo Gazzinelli, relembrou a longa trajetória de cooperação entre a Fiocruz Minas e a UFMG, desde a fundação do CT Vacinas. Ele destacou o papel fundamental do centro durante a pandemia, que permitiu o desenvolvimento da Spin-TEC, a primeira vacina nacional contra a Covid-19, atualmente em fase final de estudos clínicos e com previsão de disponibilidade para a população até o início de 2027.

“Esse foi um grande exemplo do que pode ser feito no Brasil. O legado é o aprendizado e a formação de equipes capacitadas para produzir medicamentos e vacinas. Nosso desafio agora é estruturar um programa sustentável para o Centro de Vacinas”, disse Gazzinelli.

Novas frentes de pesquisa

Além da vacina contra a Covid-19, o CN Vacinas desenvolve imunizantes contra doenças como malária, leishmaniose, doença de Chagas e mpox. O centro também mantém cooperação com Bio-Manguinhos para a produção de testes diagnósticos.

O presidente da Fiocruz destacou ainda a perspectiva de criação de um *hub* nacional voltado para o desenvolvimento de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), considerada uma das mais promissoras do campo da biotecnologia.

Pesquisadora e subcoordenadora do CN Vacinas, Santuza Teixeira reforçou o potencial dessa nova frente de trabalho. “Por ser uma tecnologia recente, essa parceria com a Fiocruz será fundamental para avançarmos mais rapidamente”, afirmou.

Visitas técnicas e próximos passos

A agenda do encontro incluiu visitas técnicas às instalações de Bio-Manguinhos e ao Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz.

Participaram ainda da reunião a diretora da Fiocruz Minas, Cristiana Brito; a diretora de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber; o vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos, Ricardo de Godoi; a coordenadora de Relações Institucionais da Fiocruz, Zélia Profeta; a vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Alda Maria da Cruz; e a assessora da VPPIS/Fiocruz, Juliana Garcia Gonçalves. Pela UFMG, estiveram presentes o pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis, e o pesquisador Renan Pedra de Souza.

Fonte: labnetwork


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