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Combustíveis Sintéticos: Primeira indústria começa a operar no Chile

Haru Oni, no sul do Chile, é a primeira instalação em escala industrial para combustíveis sintéticos neutros em carbono do mundo

Haru Oni, no sul do Chile, é a primeira instalação em escala industrial para combustíveis sintéticos neutros em carbono do mundo
Foto Divulgação: Siemens Energy

 

A Siemens Energy anunciou no dia 20 de Dezembro o início da produção da primeira instalação totalmente integrada para fabricação de combustíveis sintéticos e neutros em carbono do mundo.

A planta Haru Oni, próxima à cidade de Punta Arenas, no sul do Chile, combina energia eólica, água e CO2 para gerar e-metanol e gasolina neutra em carbono a partir de eletricidade.

O empreendimento é resultado de uma parceria entre a Siemens Energy, HIF Global e Porsche, entre outros, para produção dos chamados e-combustíveis (eletrocombustíveis ou combustíveis sintéticos).

Usando hidrogênio verde como insumo, esses combustíveis despontam como soluções de descarbonização para setores que são difíceis ou impossíveis de eletrificar, caso do transporte marítimo e da aviação, ou mesmo dos carros a combustão interna ainda em uso.

Segundo Anne-Laure de Chammard, membro do Conselho Administrativo da Siemens Energy, o projeto Haru Oni pretende demonstrar a viabilidade dos e-combustíveis, tanto em escala quanto em preço, para fornecer energia verde a segmentos extremamente dependentes de combustíveis fósseis.

Além de ajudar a desenvolver soluções favoráveis ao clima em outras aplicações.


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A expectativa é que o sistema produza 130 mil litros de combustível sintético por ano ainda em 2023.

Após a fase piloto, o primeiro escalonamento tornará a indústria capaz de produzir 55 milhões de litros por ano até a metade da década e, cerca de dois anos depois disso, a projeção de capacidade é de 550 milhões de litros por ano.

Da Patagônia para a Europa

A planta está prevista para ser concluída em março do ano que vem, e vai aproveitar o potencial para energia renovável na região sul da Patagônia chilena para alavancar o mercado de hidrogênio, de olho na demanda europeia.

Segundo as empresas,  fortes ventos da região oferecem mais de 6 mil horas de carga máxima de operação para a geração de eletricidade verde, cerca de três vezes a quantidade disponível na Europa.

A energia eólica é armazenada em carregadores na forma de energia líquida utilizando o processo Power-to-X. Os líquidos gerados são fáceis de serem transportados de regiões ricas em geração renovável para lugares com demanda por energia.

A iniciativa tem suporte do Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Proteção Climática da Alemanha. Em 2020, Haru Oni foi o primeiro projeto de hidrogênio a ser financiado pela estratégia de hidrogênio do governo alemão.

O projeto também é o primeiro a aplicar a solução de Certificação de Energia Limpa, desenvolvida pela empresa de ensaios técnicos TÜV Süd e a Agência Alemã de Energia (DENA), em colaboração com a Siemens Energy.

O certificado garante que os combustíveis sintéticos gerados na planta podem ser chamados de “verdes”.

Fonte: EPBR


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