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Otimização de reuso de água na indústria farmacêutica

Resumo

O objetivo deste estudo é apresentar alternativas de reuso de águas tratadas em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), de esgoto sanitário e industrial geradas em uma indústria farmacêutica. Foi constatada a possibilidade de redução de captação de aproximadamente 4.000 m³ de água por mês, buscando desta forma diminuir o consumo de água da concessionária, e ainda diminuir a captação de águas subterrâneas dos poços artesianos. A água de reuso gerada no sistema de tratamento estudado possui resultados baseados em padrões de qualidade recomendados no Manual de Conservação e Reuso de Água na Indústria (2006) e aos padrões estabelecidos pela Resolução nº 430 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA Artigo 16, uma vez que, no Brasil não há qualquer Legislação pertinente ao reuso de água. Considera-se definitivamente eficiente o sistema apresentado, de forma que, o reuso de águas em descargas de vasos sanitários, lavagem de pisos entre outras situações referenciadas, a indústria farmacêutica economizará e deixará de utilizar recursos hídricos naturais de uma forma impactante, cuja utilização de águas para estes fins, representa de redução de captação de 1.198 m3/mês, que representa aproximadamente 15% de toda a água consumida nesta indústria.

Introdução

Nos últimos anos, devido à degradação da qualidade da água, dos desperdícios e ainda a alta demanda de utilização de recursos naturais, há uma grande preocupação com o abastecimento de águas em diversos municípios brasileiros, entre eles, São Paulo e a região Metropolitana (Rebouças et al. 2006). Atualmente, o reuso de água tem se tornado cada vez mais importante, com isso muitos países têm investido de forma sistemática na reutilização de água, mas o Brasil ainda é um país cuja população não se sensibilizou totalmente. Apenas indústrias em São Paulo têm avançado com projetos para reutilização de água tratada. (Costa; Barros Junior 2005). O Brasil é um país privilegiado na questão hídrica, sendo certo que, detém 13% das reservas de água doce do planeta. Entretanto, sabe se que a distribuição de água não ocorre de forma uniforme, o que resulta abundância em algumas regiões e escassez em outras. O que se deve priorizar é a água potável para o consumo humano. Sabe-se ainda que, as indústrias, em razão de suas atividades, fazem uso de uma grande quantidade de água potável. Desta forma, é de extrema importância o planejamento, preservação e reutilização destas águas, sendo certo ainda que, uma das vantagens da utilização da água de reuso, é justamente o de preservar água potável exclusivamente para atendimento de necessidades que exigem a sua potabilidade. Atualmente, a busca por soluções visando à reutilização de águas já tratadas fundamentalmente em indústrias, “a empresa sabe que a utilização da água proveniente dos tratamentos de esgoto é uma fonte viável e uma das técnicas mais adequadas para atender toda a demanda” (Oliveira, Fernando Lourenço 2012). Portanto, criar alternativas economicamente viáveis e ambientalmente aceitas, é de suma importância para a utilização em atividades diversas, excluindo aquelas para o consumo humano.

Diante do exposto, o objetivo deste estudo é apresentar alternativas de reuso de águas tratadas em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), o qual é ambientada para o tratamento especifico de esgoto sanitário e industrial geradas em uma indústria farmacêutica, para reuso em torres de resfriamento, irrigação de gramados e jardins, descargas sanitárias, aspersão em telhados e lavagem de piso, posto que seja fundamental que se processe as águas utilizadas, através da ETE, para uso não potáveis, uma vez que, o aumento pela demanda de água é constante, e desta forma, a empresa deve buscar novas soluções para o reaproveitamento de suas águas, e consequentemente sua sustentabilidade, e desta forma iniciou-se o projeto de reuso de águas tratadas geradas pela ETE, a qual está instalada no próprio interior do complexo industrial farmacêutico do presente trabalho.

Autores: Adilson Eloy Almonacid Cuadro; Aline Custódio da Silva; Gilmara Fais Rodrigues Rocha; Larissa de Lima Almeida e Vanessa Ângela Freitas.

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