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Veolia: Esses são os quatro passos para descarbonizar

Veolia lista Passos para Descarbonizar

A Veolia, empresa líder na transformação ecológica através da gestão de recursos ambientais, explica o processo que as empresas podem seguir para reduzir e compensar as emissões de CO2 e, assim, alcançar as metas ESG

Veolia lista Passos para Descarbonizar. Há quase 20 anos no Brasil, empresa estrutura projetos de gestão global da cadeia de água, resíduos e gestão energética de indústrias e governos municipais.
Foto Divulgação VEOLIA

 

Veolia e os Passos para Descarbonizar – O último Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado neste ano, apontou que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram 12% ao longo da última década, atingindo 59 gigatoneladas de CO2 equivalente (GtCO2e) em 2019.

Mas, para alcançar a meta de 1,5 °C do Acordo de Paris, as emissões precisam parar de crescer em 2025, e mais: cair 43% até 2030 em relação aos níveis de 2019.

Ainda segundo o estudo, a intensidade das emissões de carbono do setor industrial e da queima de combustíveis fósseis (o total de CO2 por unidade de energia produzida) caiu 0,3% por ano na última década. Entretanto, para atingir a meta de temperatura, essa queda precisaria ser 7,7% por ano, ou 25 vezes maior.

A Veolia, empresa líder na gestão de recursos ambientais com soluções para indústrias e municípios cumprirem metas ambientais e de desenvolvimento sustentável, tem ajudado as organizações no Brasil nesse desafio.

Há quase 20 anos no Brasil, a empresa estrutura projetos de gestão global da cadeia de água, resíduos e gestão energética de indústrias e governos municipais, além de desenvolver modelos e tecnologias que vão ao encontro das necessidades dessas organizações.

“As indústrias têm o desafio de atender à temática ambiental e às metas ESG sem impactar o custo da produção”, aponta Pedro Prádanos, CEO da Veolia no Brasil. “Nossas soluções personalizadas ajudam a reduzir as emissões de carbono e a preservar os recursos naturais e a biodiversidade com eficiência e economia de recursos.”

 

Um caminho sem volta

 

O executivo acredita que a conscientização em relação às mudanças climáticas e à descarbonização não é mais uma opção, mas sim uma obrigação, uma vez que empresas que não cumprirem metas serão penalizadas.

Além disso, nos últimos dois anos, houve uma aceleração da conscientização ambiental, tornando ainda mais importante a descarbonização pela indústria para que ela se mantenha competitiva.

“Antes, o tema parecia longe: ninguém falava sobre mudanças climáticas e as soluções propostas eram consideradas custo”, afirma José Renato Bruzadin, diretor de desenvolvimento de negócios industriais e serviços energéticos da Veolia Brasil. “Mas o futuro virou presente, e a descarbonização se tornou essencial, pois não existe outro planeta. O Brasil tem o compromisso de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030 e chegar à neutralidade em 2050”.

 

Dever de casa cumprido

Veolia e os Passos para Descarbonizar – A Veolia segue um passo a passo na implementação dos projetos de descarbonização que executa. “Todos os nossos colaboradores têm metas alinhadas aos ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] da ONU e atreladas ao seu bônus”, aponta Prádanos.

A empresa também tem planos de gerar 100% da energia consumida em suas instalações, começando pela França e ampliando para os demais países. Outro projeto que está previsto para o próximo ano é produzir 5% mais de energia e consumir 5% menos.
Em 2021, a Veolia evitou a emissão de 1,2 milhão de toneladas de CO2 só no Brasil. Este ano, a previsão é não emitir 1,4 milhão de toneladas e, em 2023, mais 1,5 milhão de toneladas. Com esses números a empresa estará entre as companhias com a maior quantidade evitada de CO2 no país.


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VEOLIA LISTA 4 PASSOS PARA DESCARBONIZAR

Executivos da Veolia apontam o caminho que as empresas devem seguir rumo à descarbonização:

1. Tenha em mãos um diagnóstico

Faça o mapeamento da pegada de carbono de cada indústria ou processo para analisar tudo que é gerado e consumido internamente na empresa, assim como a energia comprada ou produzida – e que também gera emissão de GEE.

A Veolia desenvolveu uma ferramenta própria – o Greenpath – para fazer esse mapeamento. O cálculo é feito baseado em inventários elaborados com a metodologia do GHG Protocol, padrão global que mede e gerencia as emissões nos três escopos (1, 2 e 3).

“A primeira coisa a fazer é mapear e entender o problema. Com o diagnóstico, as empresas podem atacar os maiores “vilões” das emissões de carbono, especialmente os dos escopos 1 e 2”, explica Bruzadin, da Veolia.

2. Faça análises

Feito o diagnóstico, é hora de buscar soluções. Nessa fase, é feita uma classificação das alternativas levando em consideração questões técnicas, ambientais, sociais e financeiras, além de avaliar como elas criam valor para os stakeholders da empresa.

Na petroquímica Braskem, por exemplo, a Veolia avaliou diferentes alternativas para substituir o gás natural utilizado na geração de vapor na fábrica de PVC em Marechal Deodoro (AL). A solução foi produzir vapor (energia térmica) renovável partindo da biomassa de eucalipto e da valorização de outras fontes de biomassa, usando uma tecnologia 100% nacional, que permitirá o funcionamento de quatro caldeiras industriais de maneira full time, garantindo assim o fornecimento ininterrupto do vapor necessário para o processo de produção da Braskem.

O acordo prevê R$ 400 milhões de investimento de ambas as empresas e tem duração de 20 anos.

3. Implemente soluções

Esse é o momento de descarbonizar na prática, por exemplo, trocar uma matriz energética de combustível fóssil, como óleo ou gás natural, por outra à base de combustível renovável, como biomassa.

Na Veolia, todas as soluções adotadas nas organizações são taylor made, ou seja, personalizadas para cada cliente. “Está longe de ser uma solução commodity”, diz Bruzadin. “É uma decisão tomada a quatro ou até seis mãos, como no caso da Braskem”.

Outro case apontado pelos executivos é o da Camil Alimentos, onde a Veolia desenvolveu um projeto para utilizar a biomassa disponível e atender às necessidades energéticas e ambientais da companhia. Em dezembro foi anunciada a construção de uma usina termelétrica à base de biomassa da casca do arroz. A planta poderá gerar até 12 MW de potência. Além de preservar o meio ambiente, a solução, baseada no conceito de circularidade, economiza recursos financeiros e elimina a necessidade do transporte e descarte da casca em aterros.

4. Monitore e faça manutenções

Nesta etapa, as soluções adotadas são acompanhadas diariamente para garantir que os objetivos traçados na análise das soluções sejam alcançados. “Essa fase é muito importante, e nem todas as empresas enxergam esse ponto desde o início ou focam em dar a suficiente relevância”, afirma o CEO da Veolia.

Para garantir os resultados dos projetos, a empresa utiliza uma solução própria, o Hubgrade. Esta plataforma permite controlar em tempo real as operações e analisar todos os indicadores de desempenho para otimizar a performance e melhorar continuamente o funcionamento das instalações e o consumo energético. Ao todo, estão em operação 66 Hubgrades da Veolia em 33 países.

“Ele é o centro de inteligência e excelência operacional de todas as implementações da empresa e integra ferramentas digitais e expertise humana para monitorar e analisar em tempo real a operação”, afirma o diretor da Veolia.

 

Quais são os obstáculos para descarbonizar?

No Brasil, a principal barreira para a indústria iniciar um processo de descarbonização é o custo. As empresas têm sua atenção naturalmente voltada para o seu core business, e energia, resíduos e água ainda são considerados “acessórios” ou matéria-prima para a produção, segundo o CEO da Veolia.

“O principal erro hoje é querer fazer um projeto barato, rápido e acabar copiando algo que outra empresa fez, mas que não se encaixa em sua realidade, ou improvisar uma solução superficial”, aponta o executivo. “Esses projetos são investimentos que trarão grandes benefícios depois.”

Ele afirma que é preciso dedicar recursos a esses projetos, mas refazer algo pode sair mais caro do que se gastaria inicialmente. Além disso, existe a questão de reputação e imagem. Não alcançar uma determinada meta ou ter um problema ambiental vai custar muito mais para a empresa.

Outro entrave é o capital humano.

“Hoje temos de formar pessoas que atuam nesse mercado, e isso implica tempo, dedicação e custos”, aponta o diretor da empresa.

Por outro lado, por ser uma empresa global, a Veolia pode “importar” especialistas de suas operações em outros países para atuar no Brasil e/ou adaptar por aqui uma solução já implementada no exterior.

A Veolia, com quase 170 anos de história, tem 230 mil colaboradores no mundo e mais de 1,9 mil no Brasil. Aqui, atende mais de 50 municípios e 3 mil clientes industriais. Ao todo, faz a gestão de mais de 3,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos de municípios. Nos últimos dois anos, a companhia registrou crescimento em seu faturamento entre 15% e 20% no Brasil.

Fonte: Exame


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