Cerca de 4.000 litros de petróleo já foram retirados das praias no Ceará. Praias do Nordeste estão sendo afetadas com manchas de petróleo cru.
O episódio faz relembrar o desastre ambiental ocorrido em 2019. Já foram identificadas 64 praias do Ceará poluídas pelas manchas de óleo – é o segundo evento deste tipo somente em 2022 no estado
Imagem ilustrativa
No último sábado (12/02), apenas 10 praias estavam próprias para banho em Fortaleza. As praias mais atingidas no Ceará são do trecho Leste, que engloba as praias do Futuro, Serviluz e Sabiaguaba, as quais estavam impróprias para uso.
Cerca de 4 mil litros de petróleo cru tinham sido retirados das praias neste final de semana. Para quem procura se refrescar, a maioria das praias limpas está nas porções central e oeste da capital.
As manchas de petróleo nas praias do Nordeste remetem ao desastre ocorrido em 2019, quando grandes volumes de petróleo cru chegaram a vastas áreas do litoral brasileiro, e que até os dias de hoje a Marinha não conseguiu apontar a origem nem encontrar os culpados pelos vazamentos.
De acordo com o jornal Folha, diferentemente do que aconteceu em 2019, a origem deste óleo é compatível com o produto explorado na costa brasileira. A constatação aponta para três hipóteses: vazamento natural de petróleo do fundo do mar, processo conhecido como exsudação; acidente em operação de perfuração de poços; ou acidente em navio de transporte de petróleo.
As manchas de petróleo em praias brasileiras tem se tornado recorrente. Em 2020, foram encontradas manchas de óleo em três praias de Pernambuco e duas de Alagoas.
Em agosto do ano passado, manchas de petróleo apareceram em praias de Fernando de Noronha. Até o momento, a Marinha do Brasil não esclareceu a origem dos vazamentos, mas a principal hipótese informada à imprensa na ocasião apontava para descartes de navio.
O modelo permite aproveitar integralmente frutas e hortaliças impróprias para o consumo humano, resultado das perdas durante o transporte e armazenamento.
Apesar da aproximação da COP 30 em Belém, causa preocupação o fato de que a pauta da água ainda não ocupar o centro das discussões climáticas, apesar de sua relevância estratégica.
Diante do iminente início da construção da planta dessalinizadora do Ceará, a Associação Latino-Americana de Dessalinização e Reúso de Água, ALADYR, considera que este projeto será um marco inicial da expansão da dessalinização potável no Brasil.