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Vacina contra salmonela usada em aves no Brasil fez surgirem bactérias resistentes a antibióticos

Estudo conduzido por pesquisadores brasileiros e britânicos aponta como causa também o aumento do uso de medicamentos antimicrobianos em granjas.

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, sendo o Reino Unido um dos destinos desse produto

Vacina Salmonela

Imagem Ilustrativa do Canva – Avicultura

 Uma vacina contra a bactéria salmonela introduzida em criadouros de aves no Brasil no início dos anos 2000, associada ao aumento do uso de medicamentos antimicrobianos nos animais, foi responsável pelo surgimento de algumas cepas que são resistentes a antibióticos também consumidos por humanos. Os achados foram publicados no dia 02 de Junho na revista científica PLOS Genetics.

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, sendo o Reino Unido um dos destinos desse produto.

Os pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e do Quadram Institute, na Inglaterra, rastrearam milhares de amostras de salmonela coletadas em humanos, aves domésticas e produtos agrícolas importados no Reino Unido.

O objetivo inicial era saber se as cepas de salmonela do Brasil estavam contribuindo para casos de intoxicação alimentar entre os britânicos.


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A bactéria Salmonella enterica é conhecida por causar problemas gastrointestinais, como cólica, diarreia e vômito, e febre. Normalmente, os sintomas se resolvem espontaneamente, mas crianças e idosos, por exemplo, podem ter quadros agudos de desidratação.

No artigo publicado na revista, os pesquisadores destacam que linhagens distintas dos dois principais tipos de salmonela se desenvolveram no Brasil no começo dos anos 2000, justamente quando o país introduziu a vacina contra essa bactéria em aves de criadouros.

A resistência das bactérias a três tipos de medicamentos antibióticos foi descoberta por meio de análise de genes específicos.

Todavia, os autores do estudo salientam que as cepas, apesar de crescerem no Brasil, causaram muito poucos casos de salmonela em humanos no Reino Unido e não se espalharam para aves domésticas.

Ao ponderar que os achados não representam risco imediato, os pesquisadores chamam atenção para a necessidade de um monitoramento permanente para avaliar cadeias globais de fornecimento de alimentos, a fim de detectar precocemente eventuais ameaças.

Fonte: R7


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