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Governo de São Paulo socorre sistema de abastecimento de Sergipe

O governador Geraldo Alckmin assinou nesta segunda-feira, dia 11, o termo de empréstimo de dois conjuntos de bombas para ajudar a Região Metropolitana de Aracaju a enfrentar a crise hídrica.

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Os equipamentos, que consistem em dois conjuntos de bombas flutuantes, cada um com capacidade de bombear até 2.000 litros de água por segundo, serão cedidos à Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) por seis meses.

A assinatura do termo aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, onde estiveram presentes Geraldo Alckmin; o governador de Sergipe, Jackson Barreto; o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga; e o presidente da Sabesp, Jerson Kelman. O empréstimo das bombas vai garantir a continuidade operacional do Sistema de Captação da Adutora do São Francisco, principal captação de água da capital do Sergipe, responsável por 70% de toda a água consumida na região. O sistema é responsável pelo abastecimento de quase 1 milhão de habitantes nos municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão.

Segurança operacional do sistema de abastecimento

Com a severa seca enfrentada pelo Nordeste nos últimos dois anos, o rio São Francisco tem sofrido uma drástica redução de vazão. Como consequência, o sistema que abastece a Região Metropolitana de Aracaju encontra-se no limite do ponto de sucção das bombas existentes. As bombas flutuantes emprestadas pela Sabesp vão garantir a segurança operacional do sistema de abastecimento.

A cessão do equipamento e demais materiais necessários para sua instalação, avaliados em R$ 1,023 milhão, será por 180 dias e pode ser estendida, caso seja necessário. Não há qualquer custo aos beneficiados. O transporte dos equipamentos será feito pela Deso em carretas. A Sabesp dispõe de assistência técnica para instalação e pré-operação dos equipamentos.

As bombas foram utilizadas para captação das reservas técnicas do Sistema Cantareira durante a crise hídrica no Estado de São Paulo, em 2014 e 2015. Elas permitiram usar a água que fica abaixo do nível mínimo de captação na represa. Com esse bombeamento, foi possível enviar essa vazão para a estação de tratamento e, em seguida, para as casas de até 9 milhões de pessoas que eram abastecidas pelo Cantareira.

Experiência compartilhada

A experiência adquirida pela Sabesp com a superação da crise hídrica de 2014/2015 já foi compartilhada com estados outros estados do Nordeste e com o Distrito Federal.

Em dezembro do ano passado, a empresa cedeu ao Ministério da Integração Nacional uma série de equipamentos, entre eles quatro conjuntos de bombas flutuantes semelhantes a estes emprestados agora para o Sergipe. Os equipamentos foram utilizados para agilizar a transposição do rio São Francisco.

Inicialmente, as bombas foram instaladas no reservatório de Braúnas, em Floresta (PE), no eixo leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, projetado para levar água para cerca de 4,5 milhões de pessoas em 168 municípios que sofrem com a seca prolongada em Pernambuco e na Paraíba, este último um dos estados mais castigados pelos seguidos anos de estiagem que atingem toda a região Nordeste. As bombas emprestadas pela Sabesp, instaladas em estações de bombeamento de Pernambuco, aceleraram o envio de água até o leito do rio Paraíba, em Monteiro (PB).

Empréstimo foi renovado

Em agosto o empréstimo foi renovado. Agora os equipamentos serão transferidos para o Eixo Norte para acelerar o curso das águas para a região metropolitana de Fortaleza. A iniciativa vai beneficiar a capital e a população do Ceará, além dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Além do Nordeste, em julho o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, assinaram o termo de empréstimo de três válvulas e equipamentos para conexão de tubulações da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Os equipamentos, avaliados em aproximadamente R$ 150 mil, estão sendo utilizados para permitir a transferência de água entre os sistemas que abastecem Brasília e as cidades do Entorno do Distrito Federal.

Para Brasília, são três válvulas: uma do tipo borboleta, de 1.200 mm de diâmetro, que serve para controlar a vazão em uma tubulação; e duas válvulas de retenção, dispositivos de fechamento rápido que dão segurança ao funcionamento de bombas em reservatórios. Completa o material a cessão de três flanges de aço, de 1.200 mm de diâmetro, utilizadas para a fixação das válvulas nas tubulações.

Fonte: Sabesp.

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