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Apenas 41% da população de RO está abastecida com água encanada

Em Rondônia, 57,69% dos municípios registram casos de endemias.

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Em Porto Velho, quem mais sofre com a falta de saneamento é a população da periferia (Divulgação)

Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada. Metade da população não tem acesso aos serviços de coleta de esgoto. Dos efluentes coletados, apenas 45% são tratados. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que além disso, 1.935 dos 5.570 municípios brasileiros, ou 34,7% do total, ainda registram epidemias ou endemias relacionadas à falta ou à deficiência de saneamento básico.

Para apresentar o cenário atual do setor, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta o infográfico A realidade do saneamento básico no Brasil. Dinâmica e interativa, a plataforma digital oferece um retrato completo dos serviços de água e esgoto no país, além de dados de investimentos e exemplos bem-sucedidos de municípios que recorreram à iniciativa privada para ampliar o atendimento à população.

Interação

Por ele, o internauta pode interagir com o mapa brasileiro, que muda de cor conforme se seleciona um dos quatro indicadores para o saneamento básico: índices de abastecimento de água, de coleta de esgoto, de tratamento do esgoto coletado e incidência de doenças relacionadas à deficiência no atendimento à população.

Ao clicar em cada Estado e no Distrito Federal, o internauta é apresentado aos respectivos dados sobre os indicadores de saneamento básico e de ocorrências de endemias ou epidemias por conta de deficiências na cobertura.

O internauta também pode conhecer números sobre os investimentos per capita realizados em cada unidade da Federação e, onde houver, detalhes da participação privada nos serviços de água e esgoto e os investimentos previstos para os próximos três anos.

Rondônia

Com investimentos historicamente baixos em saneamento, Rondônia apresenta indicadores de atendimento abaixo da média nacional, de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria.
O levantamento mostra que apenas 41% da população está abastecida com água encanada e menos de 5% tem coleta de esgoto, sendo que 69,1% desse material recebe tratamento.

O investimento per capita no setor, no período de 2014/2016, foi de apenas R$ 25 e 16 dos 52 municípios do Estado (30,76 %) têm plano de saneamento.

Endemias

Como reflexo dessa infraestrutura deficiente, 30 municípios rondonienses (57,69%) registraram ocorrências de endemias ou epidemias. A maior incidência é de dengue, doença já confirmada em 30 municípios.
Na sequência vem diarréia (23 municípios), verminose (20), zika vírus (16) e chikungunhia (12). Com menor incidência aparecem leptospirose (8 municípios), difteria (4), colera (3) e tifo (1).
Para reverter o quadro, começam a surgir as primeiras parcerias público-privadas (PPPs), como ocorre no município de Buritis, onde o investimento na distribuição de água foi o dobro da média do estado, entre 2014 e 2016. Em Rondônia, o setor privado prevê investir R$ 154 milhões, entre 2017 e 2021.

Região

No recorte regional, o mapa do saneamento básico mostra que a Região Norte, com quase 18 milhões de habitantes, apresenta os piores indicadores de abastecimentos de água, coleta e tratamento de esgoto. O abastecimento de água chega a 55,4% da população da Amazônia, e a coleta de esgoto a 10,5%.
Os investimentos per capita no período analisado são metade da média nacional. De 2014 a 2016, foram investidos apenas R$ 75,82 por habitante.

Fonte: Diário da Amazônia.

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