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Rio Grande do Norte/RN desenvolve novo método para tratamento da água

Uma análise da água que abastece 19 bairros de Natal,
mostrou que 17 deles estão com contaminação de nitrato e valores de cloro residual livre.

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Porém, uma boa notícia: os mesmos cientistas estão desenvolvendo um tratamento biotecnológico com resultados satisfatórios.

O levantamento é resultado do projeto “Águas Limpas”, desenvolvido através da dissertação da Mestranda Sarah Martins dos Reis pelo programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UnP (PPGB-UnP), integrante da rede Laureate. O trabalho foi feito sob orientação da Profa. Dra. Maria Aparecida Medeiros Maciel, juntamente com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores.

Áreas afetadas

Especificamente, a pesquisa mostrou resultados negativos para águas coletadas em: Lagoa Azul, Pajuçara, Nordeste, Quintas, Alecrim, Bom Pastor, Dix-Sept Rosado, Lagoa Seca, Nazaré, Felipe Camarão, Lagoa Nova, Nova Descoberta, Guarapés, Cidade Nova, Candelária, Pitimbu, Capim Macio, Neópolis e Ponta Negra.

Após as análises, a pesquisa mostrou níveis variados de contaminantes, em destaque, o nitrato que apresentou valores acima do padrão de potabilidade da Portaria de Consolidação 05/2017 do Ministério da Saúde (10 mg/L N-NO3-). Este resultado indica que o sistema de esgotamento sanitário e de tratamento está comprometendo o manancial subterrâneo da cidade de Natal, o aquífero Dunas-Barreiras.

Tratamento de água contaminada

Diante disso, foi criado um tratamento nas águas contaminadas que teve resultados significativos para a descontaminação. Para tanto, foi utilizada uma resina comercial impregnada com um vegetal, como matriz de purificação.


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Os resultados das análises de índices de nitrogênio na forma de nitrato, foram divulgados no 7th Brazilian Biotechnology Congress, que ocorreu em Brasília, em 2018. E o produto desenvolvido para purificação, possibilitou o depósito de uma patente. Em caso de vir a ser aplicado industrialmente, possibilitará a melhoria da qualidade de vida da população norte-rio-grandense.

“Além dos benefícios ao meio ambiente e à população, o trabalho realizado pelo PPGB-UnP ajuda também, a incentivar o desenvolvimento do pensar científico e criativo. Isso propicia um instrumento para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil. A UnP, como instituição de ensino, apoia e contribui para o desenvolvimento científico regional, nacional e internacional”, afirma a Coordenadora da Pós-graduação em Biotecnologia, professora Amália Rego.

Fonte: Tribuna do Norte.

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