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Raízen fecha parceria com biorrefinaria holandesa para explorar lignina

Resíduo da produção de etanol de segunda geração (E2G) é usado na conversão de biocombustíveis avançados, produtos químicos e materiais

A Raízen fechou um acordo com a biorrefinaria holandesa Vertoro para desenvolver novos usos para a lignina. Trata-se de um componente importante da produção de etanol de segunda geração (E2G), usado para a conversão em biocombustíveis avançados, produtos químicos e materiais, disseram as empresas à Reuters.

A parceria prevê a validação da tecnologia para aumentar o valor agregado do resíduo na planta de demonstração da Vertoro na Holanda. Além disso, nós visamos garantir contratos de compra de lignina para instalar uma unidade de produção em escala comercial que integraremos às plantas de E2G da Raízen.

“Nos próximos dois anos, será preciso validar a planta de demonstração e ter contratos de venda dessa lignina para abrir esse mercado. Ai, então, será possível viabilizar a primeira planta aqui no Brasil”, disse à Reuters Mateus Lopes, diretor de Transição Energética da Raízen.

A lignina é um dos três biopolímeros que constitui o bagaço da cana-de-açúcar, utilizado pela Raízen na produção do E2G. Mas ela acaba não sendo aproveitada nesse processo. Hoje, as indústrias queimam a torta de lignina que sobra da fabricação do etanol nas caldeiras para gerar energia e vapor.

Segundo Lopes, a ideia é fazer um “upgrade” do uso atual da lignina, pensando no aproveitamento completo da biomassa. Além disso, também visa a demanda mundial por novas soluções de baixo carbono baseadas em resíduos.

Nós enviaremos amostras do produto, tanto na forma líquida quanto em pó, para testes de aplicação a potenciais clientes dos mais variados mercados.

A Raízen estima que poderá gerar quantidades substanciais do subproduto do E2G, que já vem sendo produzido em plantas no interior de São Paulo e exportado para clientes no exterior. Ao todo, espera-se uma capacidade de produção de lignina de 1,5 milhão de toneladas (base úmida), considerando as sete unidades de E2G anunciadas e duas em operação.

Fonte: Forbes


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