Biometano Minas do Leão
O complexo Minas do Leão é projetado para uma capacidade de produção de 66 mil metros cúbicos de biometano ao dia e deve significar um investimento de cerca de R$ 100 milhões
Há perspectiva de um novo gasoduto ligando a planta à malha de transporte de gás natural já existente até Charqueadas, beneficiando também São Jerônimo e Butiá
Se tudo transcorrer dentro do previsto, a partir do primeiro semestre de 2024 o município de Minas do Leão, na região Carbonífera, passará a contar com a operação de uma unidade de biometano, combustível que se origina a partir de resíduos orgânicos e que pode ser usado como substituto do gás natural de origem fóssil. As informações são do Jornal do Comércio.
O complexo é projetado para uma capacidade de produção de 66 mil metros cúbicos do biocombustível ao dia e deve significar um investimento de cerca de R$ 100 milhões.
A iniciativa é da Biometano Sul, constituída por sócios da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que possui um aterro sanitário em Minas do Leão.
Desse espaço provém o biogás gerado pelos resíduos ali depositados que a Biotérmica (empresa do mesmo grupo) transforma em energia elétrica.
Agora, com a Biometano Sul, será dado um novo passo nessa cadeia, purificando o biogás para transformá-lo em biometano e possibilitando o seu aproveitamento como combustível para o segmento de transportes, uso industrial, entre outros. O aterro recebe hoje aproximadamente 3,5 mil toneladas de resíduos diariamente.
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Ao Jornal do Comérciom, o diretor-presidente da CRVR / Biotérmica / Biometano Sul, Leomyr Girondi, adiantou que está sendo negociado um acordo de venda da futura produção de biometano com a distribuidora gaúcha Sulgás, que pode ser a principal consumidora dessa oferta de gás. No entanto, ele frisa que também há a ideia de aproveitar o combustível para abastecer a frota de veículos que leva os resíduos provenientes de Porto Alegre para o aterro da CRVR em Minas do Leão.
Outra hipótese é movimentar o biometano por cilindros (modalidade conhecida como GNC) para alimentar clientes industriais.
A perspectiva é que, futuramente, um novo gasoduto possa ser feito pela Sulgás ligando a planta de biometano até a malha de transporte de gás natural já existente.
Ele detalha que será necessário instalar uma estrutura de aproximadamente 40 quilômetros desde Charqueadas, onde já há gasoduto.
A conexão, além de Minas do Leão, beneficiaria com uma rede de fornecimento de gás os municípios de São Jerônimo e Butiá.
Girondi enfatiza que o uso do biometano ajudaria a diminuir a dependência do Rio Grande do Sul do gás natural fóssil importado.
Atualmente, esse insumo chega ao Estado pelo gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) e é limitado a uma disponibilidade de cerca de 2,8 milhões de metros cúbicos ao dia.
E muitas indústrias, principalmente de médio e grande porte, estão buscando mudar sua matriz energética, procurando fontes ambientalmente mais adequadas – disse o executivo.
Fonte: portaldenoticias
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