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Petrobras avalia adotar conceito de ecossistema de energia na Margem Equatorial

Nova solução busca integrar, pela primeira vez no Brasil, operações de petróleo e gás a novas fontes de energia, reduzindo emissões de carbono

A Petrobras avalia adotar, pela primeira vez no Brasil, uma nova solução que buscará integrar as operações de exploração e produção (E&P) da Margem Equatorial (e de áreas de nova fronteira) a novas fontes de energia: é o chamado “ecossistema de energia”. Na prática, a companhia avalia desenvolver novos projetos de E&P que incorporem, em todo seu ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono, entre outras fontes em estudo. O propósito é abrir novas oportunidades para integrar as cadeias de valor e promover o desenvolvimento local das regiões onde serão instalados os novos projetos – aproveitando as vocações regionais.

Com isso, a Petrobras buscará intensificar a redução de emissões de gases de efeito estufa, reforçando a trajetória em direção à transição energética – e, ao mesmo tempo, prover energia segura e sustentável à sociedade, ainda que em tempos de oscilação de preços do barril ou de instabilidades geopolíticas. Esses foram alguns destaques da apresentação do Diretor de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Joelson Falcão, na terça-feira (02/05), no painel “The Evolving Offshore Frontiers” da Offshore Technology Conference (OTC), principal evento da indústria de petróleo e gás offshore do mundo, que acontece em Houston (EUA).

“Olhando para o futuro, a transição energética e a segurança energética são hoje prioridade da indústria global de energia. Por isso, em nossos projetos de E&P, buscamos cada vez mais conciliar a redução de riscos com a incorporação da agenda ambiental, social e de governança. Além disso, estamos utilizando as mais modernas tecnologias em áreas de nova fronteira, porque um E&P orientado por dados e digital permite não só a construção de melhores modelos preditivos e a maior previsibilidade, como também aumenta a eficiência, impulsiona os resultados e reduz a intensidade de carbono das operações”, afirmou Joelson.

Redução de incertezas geológicas e de poços perfurados

Nesse movimento, a Petrobras está trabalhando intensivamente no uso de dados geológicos e geofísicos – acumulados em quase sete décadas de história – e no desenvolvimento de algoritmos cada vez mais sofisticados. O objetivo é ser mais precisa em suas atividades de exploração e produção, reduzindo as incertezas geológicas, o número de poços perfurados e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa e impactos ao meio ambiente.

A manutenção da produção da Petrobras também é estratégica para a companhia e para o Brasil, nas palavras do diretor. Para isso, investirá US$ 64 bilhões nas atividades de exploração e produção nos próximos cinco anos e, desse total, 67% serão destinados às atividades no pré-sal. Para os próximos cinco anos, a Petrobras colocará mais 17 plataformas em produção e pretende expandir as fronteiras ainda inexploradas do pré-sal.


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Colaboração para Transição Energética

Na noite de segunda-feira (1/5), Joelson participou também de dois eventos paralelos à OTC: a recepção promovida pela Câmara de Comércio Brazil-Texas (Bratecc) e o Brazil Energy Meeting, organizado pela Zoom Out. Em ambas as ocasiões, o diretor falou sobre a estratégia em curso de preparar a Petrobras e o Brasil para uma Transição Energética sustentável e segura.

“Estamos avançando em uma nova fase de redução da nossa pegada de carbono, não só no segmento de exploração e produção, mas no nosso portfólio como um todo. Pretendemos identificar novas oportunidades de negócios na área de E&P, bem como avaliar sinergias em captura e armazenamento de carbono, transição energética e iniciativas socioambientais por meio de parcerias”, destacou Joelson.

O executivo convocou as instituições de ensino e pesquisa, parceiros, fornecedores, poder público e sociedade no esforço conjunto para construção de ecossistemas confiáveis de energia de baixo carbono: “Para atingir esses objetivos, precisamos continuar desenvolvendo nosso conhecimento técnico e investindo em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras, mas não faremos isso sozinhos. As alianças, que já foram essenciais no passado, continuarão sendo fundamentais para alcançarmos os objetivos de descarbonização”, completou

Fonte: Tn Petroleo


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