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MPF quer investigação de improbidade nas obras de despoluição da Baía da Guanabara

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Lixo flutuante na Baía de Guanabara. Foto: Vermelho.org.br

Grupo de Trabalho Olimpíadas 2016 propõe investigação de desperdício e desvio de recursos em construções de estações e elevatórios de água inoperantes

O Grupo de Trabalho (GT) Olimpíadas, do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, criado para investigar notícias de corrupção com recursos públicos federais nas obras dos Jogos Olímpicos 2016, propõe a apuração de improbidade na construção de estações e elevatórios de água realizadas pela Companhia Estadual de águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), total ou parcialmente inoperantes.

O GT Olimpíadas teve conhecimento de incontáveis notícias denunciando grande dano ao erário público com desperdício e desvio de recursos. De acordo com os procuradores, em 2012 o então Secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, deu uma declaração ao Jornal Estadão sobre o que seria “uma fraude cavalar, que foi fazer as estações sem as redes de água”. Segundo Minc “a grana para fazer redes, conexões, era do Fecam (Fundo Estadual), que ia para tudo, menos para saneamento e meio ambiente. Rede é debaixo da terra, o que dá voto é estação. São elefantes brancos, monumentos à incompetência, ao descaso, à ilusão.”

Minc se referia ao antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara – PDBG (1992 – 2006), coordenado atualmente na esfera estadual pelo Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Gunabara – PSAM. Há indicações de que novas estações e elevatórias foram construídas posteriormente, sem as redes de esgotos, estando inoperantes ou subutilizadas, em uma repetição dos mesmos erros.

Fonte: Procuradoria da República no Rio de Janeiro

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