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Microbots nadadores podem remover bactérias patogênicas da água

Pesquisadores desenvolveram microbots que se movimentam na água e capturam e matam as bactérias patogênicas

 

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A falta de água limpa em muitas áreas ao redor do mundo é um persistente e importante problema de saúde pública. Um dia, pequenos robôs poderiam ajudar a tratar esta questão, zunindo pela água contaminada e limpando-a das bactérias causadoras de doenças. Cientistas relatam um novo desenvolvimento nessa direção na revista científica ACS Applied Materials & Interfaces.

A água potável contaminada com bactérias patogênicas pode causar doenças graves que, em áreas com serviços médicos irregulares, são potencialmente fatais sem tratamento adequado. A água pode ser desinfetada com cloro ou outros desinfetantes, mas existem algumas bactérias resistentes e outros microrganismos que são difíceis de remover.

Tratar a água com uma combinação de desinfetantes ou aumentar suas concentrações pode ajudar. Mas eles permanecem na água, e seus subprodutos podem ser prejudiciais para a saúde humana.

Microbots

Nos últimos anos, os pesquisadores têm explorado o uso de micromotores autopropulsados para degradar e capturar poluentes na água. Com base nesse trabalho, Diana Vilela, Samuel Sánchez Ordóñez e colegas queriam saber se poderiam criar pequenos robôs para remover bactérias transmitidas pela água.

A equipe projetou partículas esféricas “de duas faces” para executar a tarefa. Uma face é feita com magnésio, que reage com a água para produzir bolhas de hidrogênio para impulsionar os microbots. A outra face é feita de camadas alternadas de ferro e ouro cobertas por nanopartículas de prata. As bactérias aderem ao ouro e são mortas pelas nanopartículas de prata.

O teste de laboratório mostrou que as partículas podem se movimentar em água durante 15 a 20 minutos antes de gastar o magnésio. E elas aprisionaram mais de 80% de E. coli em água com uma forte concentração de bactérias. Então, por causa das propriedades magnéticas do ferro, os microbots são removidos facilmente com um ímã, sem deixar nenhum resíduo prejudicial na água.

 

 

Os autores agradecem o financiamento da Fundação Alexander von Humboldt na Alemanha, do Conselho Europeu de Pesquisa e do Instituto Max Planck.

Fonte: American Chemical Society, adaptado por Portal Tratamento de Água – www.tratamentodeagua.com.br

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