Notícias
Linha 4 do metrô de SP capta água para abastecer suas estações
Tags: abastecimento subterrâneo, adutora, Água Potável, crise hídrica, ETA, filtração, lavagem de trens, Linha 4, manutenção dos trens, metrô de SP, mistura rápida, pátio de manutenção Vila Sônia, Plano de contingência, poço artesiano, pré-cloração, Reservatório, Sabesp, telemetria, tratamento de água com ozônio, tubos metálicos, válvula de 3 vias, ViaQuatro,
Um projeto de abastecimento subterrâneo de água potável para estações da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, concessionada à ViaQuatro, foi implantado para atender o consumo necessário para as áreas administrativas, lavagem de trens e todas as estações da malha.
A água é captada no Pátio Vila Sônia, que é uma área de 114.000 m² destinada à manutenção dos trens e que também abriga oficinas e a sede da empresa. O sistema tem capacidade de captar 120.000 l/ dia de água.
A ideia surgiu com o agravamento da crise hídrica em São Paulo em 2015. Para abastecer as estações e o pátio de manutenção Vila Sônia da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo, foram realizados estudos em busca de soluções para garantir o abastecimento independente e sustentável.
Dentre as soluções, a adoção de poço artesiano foi a mais adequada, pois no entorno do pátio foram identificadas áreas com grandes vazões de água.
Mitigação dos riscos de falta de abastecimento público de água
Segundo a concessionária, a solução por meio de água subterrânea proporcionou a mitigação dos riscos de falta de abastecimento público de água e a redução do uso de rede pública, deixando de ser grande consumidora em “contrato de demanda firme” com a Sabesp.
Além disso, a empresa informa que o abastecimento subterrâneo é uma solução que permite facilidade para manutenção (rede aparente e conexões rosqueadas) com controle automatizado.
A concepção do projeto considerou a implantação de adutora no túnel de via nos horários sem operação dos trens (0h30min às 3h30min), sendo os trabalhos compatibilizados com as manutenções preventivas da via permanente e rede aérea. A logística de distribuição dos tubos no túnel para posterior instalação também respeitou o período sem operação de trem. A iniciativa começou em 2016 e foi finalizada no ano passado.
A solução consiste em tubos metálicos de extremidade rosqueada e luvas de conexão, para agilizar a implantação. A adutora é em aço carbono galvanizado e revestida internamente com pintura anticorrosiva epóxi líquido, de diâmetro variável entre Ø4” e Ø1½” ao longo do túnel da via.
LEIA TAMBÉM: GOVERNO DE SP MODERNIZA RESOLUÇÃO PARA A UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DE REÚSO.
Processos de tratamento da água
A água passa por uma estação de tratamento de água (ETA), localizada a 5 m do poço perfurado.
O tratamento consiste de quatro fases:
- Mistura rápida;
- Pré-cloração (são adicionados produtos químicos por meio de bombas dosadoras acionadas automaticamente, que visam corrigir o pH e desinfetar a água do poço);
- Filtração, verificação do cloro livre e pH da água para medir potabilidade
- Tratamento de água com ozônio.
O reservatório do Pátio Vila Sônia possui 50.000 litros no reservatório superior, e 119.000 litros para consumo no inferior, sendo este último o primeiro a receber a água tratada. Todas as estações do metrô da Linha 4 contam com reservatórios próprios (em média 20.000 litros), que também recebem a água tratada.
Contingência
Foi implementado um plano de contingência com sistema de bomba redundante para o caso de falha no sistema de recalque; implantação de telemetria para monitoramento de possíveis vazamentos no Pátio Vila Sônia; sistema de válvula de 3 vias instalado no Pátio Vila Sônia que é acionado de forma automática quando necessário, para ativar o abastecimento pela rede da Sabesp; e redundância de abastecimento de água da Sabesp mantida nas estações, como backup para caso de falha no abastecimento pelo poço.
A Linha 4-Amarela do metrô concessionada à ViaQuatro iniciou sua operação em maio de 2010. Hoje, encontra-se em operação as estações São Paulo-Morumbi, Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire, Paulista, Higienópolis-Mackenzie, República e Luz.
Para conclusão do ramal, que terá no total 12,8 km, aguarda-se a finalização das obras da estação terminal da Vila Sônia sob responsabilidade do Governo do Estado.
Fonte: Revista OE.
Deixe uma resposta