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Novo marco do saneamento pode modernizar sistemas de tratamento

José Carlos Mierzwa explica que a tecnologia usada no Brasil é do século passado e seu aperfeiçoamento elevaria a qualidade dos serviços

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Com o novo marco regulatório do saneamento básico, novas empresas poderão atuar no setor e implementar novas tecnologias nessa área. Mas e o modelo utilizado hoje? Ele ainda seria o mais adequado em termos de inovação? Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, o professor José Carlos Mierzwa, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica (Poli) da USP dá mais detalhes sobre isso.

Segundo o professor, a importância da aprovação do novo marco pode ser uma oportunidade para a modernização do sistema. “No tratamento de água e de esgoto, o principal desafio diz respeito à tecnologia que o País utiliza para resolver problemas de qualidade. Quando se fala no tratamento de água, as tecnologias utilizadas são do começo do século passado e consiste em remover impurezas visíveis com o uso do cloro como agente de desinfecção. Seria necessário um aperfeiçoamento dessas tecnologias, assim como na coleta e tratamento de esgoto para melhorar a qualidade dos corpos hídricos e reduzir o risco de doenças transmitidas”, explica o especialista.

Em se tratando dos investimentos na área, Mierzwa comenta que vários países da Europa, América do Norte e Ásia vêm se preocupando com saneamento básico há muito tempo. A tecnologia mais aceita atualmente é o processo de separação por membranas, que consiste em um filtro capaz de separar qualquer tipo de contaminante, solúvel ou insolúvel. Outra alternativa que tem se mostrado mais econômica em relação aos processos convencionais é a ultrafiltração ou microfiltração, pois com ela se evita o uso contínuo de produtos químicos e também se eliminam organismos patogênicos e lodo. No Brasil, porém, iniciativas como essas ainda são incipientes.

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Novas Tecnologias

Mierzwa conta que “a implementação de tecnologias mais modernas vai depender da concessão dos serviços de saneamento por licitação e uma relação com as Prefeituras, e também a sociedade cobrando a melhoria da prestação de serviços.

Se forem empresas de fora, a abordagem provavelmente será mais moderna, mas o País deveria viabilizar o desenvolvimento dessa tecnologia aqui, apoiando pesquisas na área e reforçando o potencial de repassar esses conhecimentos para o setor privado nacional”. Ele ressalta que a separação por membranas, por exemplo, poderia ser facilmente implementada hoje com o nível tecnológico que já existe, caso houvesse interesse.

Fonte: Jornal da USP.

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