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Duas estrangeiras à frente dos estudos da usina de dessalinização

A obra da usina de dessalinização é estimada em R$ 500 milhões

fortaleza

Duas estrangeiras foram escolhidas para realizar estudos para a instalação de uma planta de dessalinização da água do mar na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Foram a GS Inima Brasil, da holding espanhola com acionistas sul-coreanos, GS Inima IGS Inima Environment, e a espanhola Acciona Água S/A. As empresas são líderes de consórcios e já atuam no País. O resultado da avaliação das propostas foi divulgado ontem pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Os consórcios terão de apresentar o estudo em 150 dias, conforme determina o edital de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).

Melhor estudo

Será remunerada apenas a empresa que apresentar o melhor estudo. O valor máximo fixado para o documento é de R$ 5 milhões. As companhias devem detalhar o anteprojeto de engenharia da planta de dessalinização, além de detalhes financeiros, ambientais, jurídicos e de mercado. Ao todo, 15 estudos devem ser entregues ao governo. A avaliação das propostas foi feita pela Cagece, com o apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A instalação da planta de dessalinização visa ao incremento da oferta de água para o consumo humano.

A usina terá capacidade para gerar inicialmente 1m³ (1.000 litros) de água sem sal por segundo. Seriam mais 12% na oferta de água, o equivalente ao abastecimento de 720 mil pessoas. Uma ajuda para o Estado, que está com o açude Castanhão abaixo de 3,8% da sua capacidade, além de perigo de racionamento. Similar às térmicas

O sistema da usina para tirar o sal da água, fornecendo recurso hídrico para abastecer Fortaleza, terá acionamento parecido com o das térmicas que geram energia para o País.

Quando o Estado precisar de reforço no abastecimento, a planta será acionada e haverá injeção de custo maior na tarifa de água. Caso contrário, a usina não funciona, mas continua havendo gasto para manter o empreendimento.

Eduardo Castagnari, diretor de novos negócios da GS Inima Brasil, diz que, se a empresa ganhar e for habilitada a realizar as obras da usina, são estimados dois anos de obra para o projeto de cerca de R$ 500 milhões. O consórcio da empresa é formado pela Teixeira Duarte Engenharia e Construções e pela cearense Fujita Engenharia.

Fonte: O Povo.

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