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Estação de tratamento de água de Rio Preto/SP terá reforma de R$ 28 milhões

Estação de Tratamento de Água de Rio Preto, o Palácio das Águas, vai passar por reforma de R$ 28 milhões para modernização e ampliação da capacidade de fornecimento. Prazo da obra é de dois anos

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O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo, assinou a ordem de serviço para reforma e modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA). A ideia é ampliar a capacidade de produção de água de 450 litros por segundo para até 750 litros por segundo. O município também ganhará um reservatório para abastecer a região norte da cidade. Os anúncios ocorreram nesta quinta-feira, 21, véspera do Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta, 22.

A ETA “Palácio das Águas” foi inaugurada em outubro de 1955. Naquele ano, com uma população de cerca de 30 mil habitantes, Rio Preto possuía seis mil ligações de água. Sete décadas depois, a cidade multiplicou a população, e chegou a 456.245 mil, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agora são 232 mil ligações atendidas pelo Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Semae).

O abastecimento de água à população possui um índice de 28% de perdas físicas e comerciais. Este é um dos problemas que o Semae tenta diminuir com a modernização da estação.

Desde o início das atividades, esta será a primeira modernização da estação, segundo a Prefeitura. A reforma chegou a ser licitada no ano passado, mas a empresa vencedora desistiu do serviço e os trabalhos precisaram ser licitados outra vez.

Ao custo de R$ 28,3 milhões, a obra tem como objetivo melhorar o sistema de captação de água bruta, tratamento, reservação e bombeamento de água tratada. A reforma inclui também a automação de sistemas e melhorias no uso de fontes de energia.

Com a ordem de serviço assinada nesta quinta-feira, a Construtora Elevação Ltda terá até março de 2021 para concluir os trabalhos. Do total do valor calculado para o serviço, R$ 16,9 milhões serão financiados pela Caixa Econômica Federal. O restante, R$ 11,3 milhões, ou seja, 40% do custo, será bancado pelo Semae.

“Por volta de 30% da água (que vai para a população), nós captamos do rio Preto represado (lagos da Represa Municipal) e há necessidade de investir em equipamentos, melhorar a tecnologia e tudo isso será feito”, afirmou Edinho. Segundo ele, a obra também revela a capacidade de investimentos do Semae. “Esse gasto mostra que a saúde financeira do Semae é boa”, completou.

Novo reservatório

Junto com a ordem de serviço, o Semae abriu uma licitação para construção de um reservatório no Residencial Palestra, com capacidade para dois mil metros cúbicos de água. O local é estratégico, pois fica ao lado de um poço profundo que está sendo perfurado no Aquífero Guarani. Com uma profundidade estimada em 1,1 mil metros, o PTG-9 será o nono poço do aquífero como fonte do abastecimento da cidade.

Em um espaço de cinco mil metros quadrados, o novo reservatório, chamado de reservatório pulmão, também terá a função de tratamento e distribuição de água para a região norte da cidade. A expectativa é de que o poço produza 300 metros cúbicos de água por hora. Já a produção do reservatório está estimada em 450 metros cúbicos de água por hora.

“A diferença é que o poço funciona cerca de 20 horas por dia. Já a produção do reservatório funcionará durante umas oito horas”, explicou o superintendente do Semae, Nicanor Batista Júnior. No reservatório terá também um sistema de bombeamento com estação elevatória para levar água para o bairro Eldorado e atender a região estimada em 100 mil habitantes.

“Do Eldorado, levará água para bairros como Santo Antônio, Solo Sagrado, Cecap e Vetorazzo”, afirmou o superintendente. O valor estimado para a construção do reservatório é de R$ 7,6 milhões. Já para todo o sistema de produção e distribuição é esperado um gasto de R$ 14 milhões. “A expectativa é colocar em funcionamento no início do ano que vem”, finalizou Batista.

Raio-X do abastecimento

A ETA produz hoje, em média, 34.130 m³ de água por dia. Desse total, aproximadamente 27% da água vêm da Represa Municipal, 22% do Aquífero Guarani e 51% Aquífero Bauru.

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