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Influência do esgotamento sanitário dos rios

A falta de água é uma realidade em diversas partes do mundo. No Brasil, cerca de 900 municípios do país estão em situação de seca.

 

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O consumo per capta é de aproximadamente 162 litros/habitante-dia. Em Santa Catarina, cada pessoa gasta, em média, aproximadamente 154 litros de água por dia.Hoje (22), é comemorado o Dia Mundial da Água, uma data que serve de conscientização quanto à economia no consumo e na proteção de nascentes e rios. De acordo com o Bioquímico da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Tiago Meurer Cunha, ainda não foi feito o levantamento anual de consumo do ano de 2017.

Mas adiantou, que a seca do último ano foi muito prejudicial para o tratamento de água. “2017 foi um ano muito seco. Esse período de escassez prolongada dificultou um pouco, pois tinha menos água disponível então fica mais difícil de tratar. Aqui em Rio do Sul não tivemos muito problemas, mas teve municípios que quase entraram em situação de emergência por falta de água”, contou.

Esgotamento sanitário

Tiago explicou que o tratamento do esgoto sanitário é extremamente importante, pois de uma forma ou de outra, essa influência acaba retornando para os rios.

“Então se a gente retornar essa água para o rio com o tratamento adequado, com certeza teremos uma melhora considerável na água. Por isso que a Casan está implantando em diversos municípios da região a coleta do esgoto para o tratamento, daí se tem um controle maior também da qualidade de água”, explanou.

Depois de tratada, a água é devolvida à natureza, sem causar impacto ambiental – que causaria se não fosse tratada –.

“A gente vive na sociedade e não tem como pensar só no próprio município, pois os rios por exemplo de Rio do Sul, seguem para os próximos rios, próximas cidades, e chega no mar”, disse.

Sistema Coletor Absoluto

O Sistema de Esgotamento Sanitário que está sendo implantando em Rio do Sul, vai beneficiar 35 mil 240 habitantes, representando 58% da população do município. Serão 150 mil quilômetros e 687 metros de rede coletora e interceptores, um emissário terrestre com extensão de 6 mil 182 metros e 14 estações elevatórias de esgoto. A obra prevê a instalação de 11 mil 507 ligações domiciliares, atendendo o Centro da cidade e os bairros Eugênio Schneider, Boa Vista, Santana, Jardim América, Laranjeiras, Canoas, Pamplona, Progresso, Canta Galo e Fundo Canoas.

O Sistema Coletor Absoluto, que está sendo implantado em Rio do Sul, além de separar completamente a água da chuva do esgoto sanitário traz um impacto gigantesco no setor ambiental e até mesmo na saúde.

“Os benefícios de caráter ambientais são enormes, de saúde pública, da minimização de doenças, da preservação da qualidade das águas que banham o município e de todo o entorno da bacia hidrográfica. O rio acaba tendo uma espécie de recuperação ambiental a longo prazo e passa a apresentar características com relação a qualidade sanitária, o que melhora em geral aspectos de saúde pública”, explica.

 

Estatísticas

O esgoto coletado será tratado em uma Estação de Tratamento de Esgoto com capacidade para tratar até 140 litros por segundo. Como é uma obra de grande porte, a previsão da Casan é finalizar a estação no máximo até o início de 2019, para aí sim fazer a ligação e coleta junto dos bairros com o sistema instalado.

Na edição de 2018 do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, apresentada nesta segunda-feira (19), durante 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, diz que a demanda mundial por água tem aumentado a uma taxa de aproximadamente 1% por ano, devido ao crescimento populacional, ao desenvolvimento econômico e às mudanças nos padrões de consumo, entre outros fatores, e continuará a aumentar de forma significativa durante as próximas duas décadas.

Atualmente, estima-se que 3,6 bilhões de pessoas (quase metade da população mundial) vivem em áreas que apresentam uma potencial escassez de água por pelo menos um mês por ano, e essa população poderá aumentar para algo entre 4,8 bilhões e 5,7 bilhões até 2050.

Estima-se que a quantidade de pessoas que se encontram em situação de risco de inundações aumentará do atual 1,2 bilhão, para cerca de 1,6 bilhão, em 2050 (aproximadamente 20% da população mundial).

A população atualmente afetada pela degradação e/ou pela desertificação e pelas secas é estimada em 1,8 bilhão de pessoas, o que torna esta categoria de “desastres naturais” a mais significativa, com base na mortalidade e no impacto socioeconômico relativo ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

Fonte: Diário

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