O Sistema Cantareira, que abastece várias cidades do estado, segue 10% abaixo do que estava ano passado e opera com 54,3 % da sua capacidade.
No mesmo dia em 2017, o sistema operava com 65,9%. O índice é melhor do que em 2015, durante a crise hídrica, quando o sistema estava com 13, 9% de sua capacidade.Na última quinta (22) foi comemorado o Dia Mundial da Água, data criada em 1993 que visa conscientizar e debater o uso da água, além de lembrar a importância do recurso.
Poluição
Em São Paulo, o Tietê é o rio mais importante. Ele nasce em Salesópolis, na região Metropolitana, corta a capital, segue no sentido interior até desaguar no Rio Paraná, entre os municípios de Itapura e Castilho na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul, São 1136 km de extensão e tem várias usinas hidroelétricas no caminho. São cinco usinas: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava.
O trecho que corta a capital sempre foi o único considerado com a pior qualidade de água, mas atualmente outro trecho, no interior do estado, está poluído. Fica em Cabreúva, na região de Jundiaí.
Em Salto, região conhecida pelas quedas do Tietê, muito lixo pode ser visto. A sujeira do rio Tietê vista na capital corre em direção ao interior e depois que passa pela Grande São Paulo cai em Cabreúva. O rio recebe 480 toneladas de esgoto e sujeira durante este percurso todos os dias.
Qualidade da água
A ONG SOS Mata Atlântica fez um levantamento e a qualidade da água do rio em Cabreúva foi considerada péssima, a pior do país. Em 2017, a qualidade da água era considera ruim, mas em um ano piorou. A classificação como péssima significa que é um ponto do rio em que a água tem zero de oxigênio.
O Departamento de Águas e Energia Elétrica, o Daee, é o responsável por retirar sedimentos do fundo do Tietê e aumentar a vazão, mas além de terra, eles retiram muito lixo. Segundo Ricardo Daruiz, Superintendente do Daee, 3% do volume do sedimento retirado é de lixo:
“Quando você tem a ocupação das margens do córrego, a comunidade dispõe destes materiais nas margens e nas primeiras cheias este material é carregado e acaba aqui no Tietê”.
