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Brasil tem 52% dos projetos de petróleo em estudo ou concessão na Amazônia

Concessão na Amazônia

Grupo de ONGs cria projeto para monitorar iniciativas de exploração com potencial de impacto na floresta e na área costeira do bioma

Brasil tem 52% dos projetos de petróleo em estudo ou concessão na Amazônia (1)

Uma nova plataforma de monitoramento da exploração de petróleo na Amazônia indica que o Brasil tem mais da metade dos projetos em áreas florestais e costeiras da região. O bioma abriga hoje 871 (29%) das 3.028 iniciativas do setor nos nove países da bacia amazônica, quando incluídos blocos de exploração que ainda estão em estudo ou oferta.

Nesse contexto, a nova ferramenta de mapeamento foi criada por uma força-tarefa de ONGs ambientalistas, liderada pelo Instituto Arayara. O objetivo do grupo é alertar para o potencial de impacto ambiental do setor de petróleo e gás no bioma.

A maior parte dos projetos mapeados (78%) ainda está na etapa de estudo ou oferta. Por outro lado, os outros 22% já estão sob concessão para exploração. O Brasil possui 52% dos blocos (451), considerando todas as etapas. A Bolívia vem em segundo com 129 blocos (15%), Colômbia em terceiro com 104 blocos (12%).

Contudo, ter mais blocos não implica necessariamente em maior produção, porque essas áreas delimitadas variam de tamanho. Os blocos no Brasil são pequenos, comparados aos da Guiana, Suriname e Venezuela.

Levando em consideração o histórico recente, o que chama à atenção no Brasil é a explosão de escala da prospecção, com a inclusão de 218 novos blocos em setembro de 2022, incluindo os da Foz do Amazonas.

Colaboração Essencial para a Conscientização Ambiental

O Arayara e seus parceiros criaram a plataforma para reunir informações dispersas sobre a exploração de petróleo na Amazônia devido à fragmentação de dados entre governos e agências.

Além do Arayara, estão envolvidos no monitor pesquisadores da Coalizão Energia Limpa, Coalizão Não Fracking Brasil pela Água, Clima e Vida (Coesus), a Frente Nacional dos Consumidores de Energia e o Observatório do Petróleo e Gás.

Entre os especialistas envolvidos na iniciativa está Suely Araújo, ex-presidente do Ibama, hoje integrante do Observatório do Clima, que também integra o projeto.

“Acabar com a exploração de combustíveis fósseis é vital para alcançar as metas dos acordos de combate às mudanças climáticas”, afirmou Araújo em comunicado.

No entanto, “enquanto o mundo tenta organizar caminhos para a transição energética, o avanço da exploração desse setor sobre a maior floresta tropical do mundo causa perplexidade.”

Desafios e Controvérsias na Exploração de Petróleo na Amazônia

A discussão sobre exploração de petróleo foi um dos assuntos mais controversos tratados na Cúpula da Amazônia, que reuniu presidentes dos países da região em Belém (PA), em agosto. Colômbia propôs moratória para hidrocarbonetos na Amazônia, mas enfrentou oposição dos demais países e a medida foi excluída do acordo final assinado.

O governo federal enfrenta debates internos sobre o petróleo, após o Ibama recusar a licença da Petrobras para explorar a foz do Amazonas em maio. No entanto, o Ministério das Minas e Energia criticou a medida na ocasião, e hoje o assunto é tema delicado dentro do Executivo.

A nova plataforma facilita análises de sobreposições entre blocos de exploração em áreas críticas, como terras indígenas e unidades de conservação.

Isso, portanto, permite a separação por projeto, incluindo os do 4° Ciclo da Oferta Permanente da ANP, com leilão em 13 de dezembro.

Portanto, você pode acessar os dados de monitoramento da exploração de petróleo na região amazônica no site do projeto.

Fonte: UM SÓ PLANETA


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