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Brasil tem “boa adaptabilidade” a mudanças climáticas, diz relatório dos EUA

Um relatório do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA afirma que as mudanças climáticas tendem a impulsionar conflitos ao redor do mundo nas próximas décadas. Também são um risco aos interesses de segurança nacional do país. Eis a íntegra do documento (em inglês, 5 MB).

Documento relaciona a instabilidade climática com a incidência de conflitos no mundo nos próximos anos

mudancas-climaticas

Imagem ilustrativa

Segundo o estudo, os países devem ser afetados pela competição econômica e por recursos naturais como a água, por exemplo. Não é necessariamente este o caso do Brasil. O relatório diz que o país tem “grande adaptabilidade” às mudanças climáticas. O mesmo ocorre com o México.

O Brasil está entre os países de vulnerabilidade média, assim como China e África do Sul. O relatório considera a hipótese de as nações serem afetadas pelas mudanças climáticas e a possibilidade de adaptação de cada país.

A China –tida como o “principal desafio” de Washington por causa das disputas comerciais e econômicas –deve ver um aumento da disparidade hídrica, o que dificultará a capacidade de irrigar áreas agrícolas no país.

“No entanto, é provável que tenha recursos financeiros e tecnológicos para competir com sucesso nos mercados de energia solar e outras fontes de energia limpa”, diz o relatório.

Os EUA estimam que a competição com a China por minerais e tecnologias de energia limpa deve ser alta já em 2040. Hoje é baixa.

Na América do Norte (exceto o México), na Rússia, e em países latino-americanos como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, a preocupação é baixa. Na Europa Ocidental, é muito baixa.


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Os países mais vulneráveis a conflitos devem ser os da África Central e pequenas nações insulares do Pacífico.

“São todos altamente expostos às mudanças climáticas e têm poucas capacidades adaptativas”, afirma o relatório.

Em países mais pobres –como a Etiópia, Somália e Angola– a tendência é que escalem as disputas transfronteiriças por recursos naturais, como a água, já em 2030.

As nações em situação de alerta são Colômbia, Guatemala, Iraque, Afeganistão, Paquistão, Índia, Mianmar e Coreia do Norte. O principal motivo é a falta de infraestrutura para lidar com o aumento de inundações e secas, o que agrava a escassez crônica de abastecimento.

Já a Rússia, apesar de apresentar menor vulnerabilidade em termos de exposição e capacidade de adaptação, deve sofrer degelo em regiões próximas ao Ártico –o que tende a abrir novas rotas comerciais e a beneficiar o aumento da produção agrícola, estima o relatório.

Alerta climático

Impulsionados pela COP26, mais de 90 países –que respondem por 40% das emissões de carbono globais–atualizaram seus NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês).

O Brasil definiu sua contribuição no ano passado e a “atualizou” no dia 1º de novembro, no discurso do ministro Meio Ambiente, Joaquim Leite, na COP26. Determinou que o país trabalhará para reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 50% até 2030 e neutralizar a emissão de carbono até 2050. “Isso permitiu que [o Brasil] afirme que está no caminho certo para cumprir sua meta”, diz o relatório.

De acordo com o Relatório de Lacuna de Emissões do Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente), lançado em 26 de outubro, as NDCs apresentadas até agora garantem uma redução de apenas 7,5% das emissões previstas até 2030.

Novo estudo do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), lançado em agosto deste ano, aponta que a única forma de manter o aquecimento global limitado a 1,5°C é reduzir drasticamente todas as emissões.

Fonte: Poder 360.


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