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BNDES lança edital para impulsionar desenvolvimento sustentável

BNDES libera primeiro crédito do Fundo Clima para frota a biometano

Operação de R$ 432 milhões amplia investimentos em gestão de resíduos na capital paulista

O BNDES aprovou a primeira operação do Fundo Clima dedicada à aquisição de veículos pesados movidos a biometano, reforçando o espaço do biocombustível como alternativa para reduzir emissões no transporte de cargas. O financiamento, de R$ 432 milhões, será destinado à Loga, empresa do Grupo Solví responsável pela coleta de resíduos na zona noroeste de São Paulo, e envolve a compra de 84 caminhões, além de investimentos em infraestrutura operacional e geração de energia.

Trata-se do maior aporte já realizado pelo banco no setor de resíduos sólidos. A engenharia financeira reúne recursos do Fundo Clima e do Finem, além da primeira operação do Eco Invest, programa desenhado para impulsionar a bioeconomia e a indústria verde. Uma parcela do montante será levantada via debêntures incentivadas estruturadas pela própria instituição.

O plano de investimentos da Loga inclui a implantação de uma nova unidade de transbordo no Jaguaré, a modernização da Ponte Pequena, ampliação da garagem e aquisição de contêineres e caçambas para coleta. A companhia também instalará uma usina solar de 2,5 MW para reduzir dependência da rede elétrica.

O uso de biometano na frota, produzido a partir de resíduos urbanos e dejetos animais, ganha tração entre empresas que buscam diminuir a pegada de carbono de suas operações. A tecnologia pode reduzir em até 90% as emissões quando comparada ao diesel, e começa a ocupar espaço nas linhas de financiamento público desde que o biocombustível foi incluído, em julho, no Plano Anual de Aplicação do Fundo Clima.

O setor de transportes responde por pouco mais de 10% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, e a pressão por alternativas mais limpas é crescente, sobretudo em veículos pesados.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a operação consolida a transição do setor. “O maior projeto do banco para gestão de resíduos sólidos urbanos aprofunda a lógica da economia circular e acelera a descarbonização com apoio do Eco Invest, programa voltado à bioeconomia e à indústria verde”, afirmou em nota.

A Loga, que coleta diariamente cerca de 6 mil toneladas de lixo produzidas por 2,1 milhões de domicílios, hospitais e clínicas, deve manter as operações sob a nova estrutura pelos próximos 19 anos. O conjunto dos investimentos, segundo o banco, ampliará a eficiência logística, fortalecerá a cadeia de reciclagem e beneficiará aproximadamente 7 milhões de habitantes da capital paulista.

Fonte: Cana Online


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