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Água de Tamandaré fora do padrão de qualidade

Compesa se pronunciou sobre a fiscalização do MPPE com o Caop Consumidor

compesa

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou uma ação civil pública determinando à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) o fornecimento imediato de água para consumo humano nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) que abastecem o município de Tamandaré e o distrito de Saué, no Litoral Sul do Estado.

A qualidade da água fornecida não estaria atendendo aos padrões de potabilidade e, este mês, a situação se agravaria por ser o município um lugar de grande movimentação turística e veraneio.

A cidade já é a terceira em xeque pelo MPPE. Em dezembro, uma ação foi ajuizada em relação a Timbaúba (Zona da Mata Norte) e Petrolina (Sertão).

As ações civis são resultado da fiscalização do MPPE por meio do programa Água de Primeira, com suporte do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor (Caop Consumidor).

“O programa acompanha como está a qualidade fornecida pela Compesa. Constatamos que a contaminação já ocorre na própria estação de tratamento. E a Compesa, que é uma autarquia de saneamento no Estado, nem deveria ter água contaminada sob nenhuma hipótese”, critica a coordenadora do programa, a promotora Liliane Rocha. “Ainda há mais ajuizamentos de ações em relação a outros municípios para entrarem”, acrescenta.

Em Tamandaré, a Compesa deverá apresentar ao Juízo da Comarca local relatórios mensais por dois anos comprovando que a água não contém coliformes totais nem fecais e que se encontra dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos na legislação vigente, inclusive quanto ao cloro.

Em caso positivo para coliformes totais, ações corretivas seriam adotadas e novas amostras seriam coletadas em dias imediatamente sucessivos até que revelassem resultados satisfatórios, dando o prazo de 30 dias, a contar da detecção, para que a Compesa comprove em juízo a adoção das mediadas corretivas.

Outro lado

Por meio da nota emitida nesta quinta-feira (12), a Compesa afirmou que a água distribuída para Tamandaré está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria Nº 2914/11.

Confira a nota na íntegra:

“Tamandaré

A Compesa garante à população de Tamandaré que a água distribuída para a cidade está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria Nº 2914/11. A cidade possui uma estação de tratamento de água em operação que, produz 324 metros cúbicos de água por mês. A companhia investe R$ 37 mil mensalmente apenas com produtos químicos, o que garante a produção de água com excelente padrão de qualidade. A água produzida nas unidades da Compesa passa por um rigoroso controle operacional e realiza a cada duas horas todas as etapas do processo de tratamento. De acordo com os dados do monitoramento bacteriológico realizado na saída da Estação de Tratamento de Água-ETA Tamandaré dos últimos 12 meses, os resultados foram satisfatórios. Em nenhuma das amostras foi detectada a presença da bactéria Escherichia Coli.

A Compesa também realiza o monitoramento na rede de distribuição de água, diariamente, em vários pontos da cidade.. Explica, porém, que em dezembro de 2016, houve apenas uma positividade em um ponto da rede de distribuição para Coli Total. Mesmo com esse resultado, a Compesa atendeu a Portaria do Ministério da Saúde, que determina que em cidades com população superior a 20 mil habitantes, como é o caso do município de Tamandaré, o percentual aceitável para a ausência dessa bactéria seja de 95%. das amostras coletadas. Portanto, a companhia atendeu em 98% neste parâmetro, uma vez que, das 42 coletas realizadas, apenas 01 (uma) apresentou alteração. No mesmo dia deste resultado, a Compesa fez a recoleta neste mesmo ponto e o resultado foi negativo.

A Compesa informa ainda que está à disposição das instituições que regulam os serviços para prestar todos os esclarecimentos necessários sobre o processo de tratamento, coletas, análises e resultados de todas as unidades da companhia, com a máxima transparência.

Petrolina

A Compesa tranquiliza a população de Petrolina informando que a água distribuída para a cidade está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a portaria Nº 2914/11. A cidade possui três estações de tratamento de água que, juntas, produzem 1.600 metros cúbicos de água por mês. A companhia investe cerca de R$ 1 milhão por ano, apenas com produtos químicos, o que garante a produção de água com excelente padrão de qualidade. A água produzida nas unidade da Compesa passa por um rigoroso controle operacional que monitora a cada duas horas todas as etapas do processo de tratamento. De acordo com os dados do monitoramento bacteriológico realizado na saída das Estações de Tratamento de Água-ETA’S- Petrolina dos últimos 12 meses, os resultados foram satisfatórios. Em nenhuma das amostras coletadas foi detectada a presença da bactéria Escherichia Coli.

A Compesa também informa que realiza o monitoramento na rede de distribuição, diariamente, em vários pontos da cidade. Quanto à positividade de contaminação evidenciada pelo Ministério Público de Petrolina em algumas amostras da rede de distribuição, a Compesa esclarece que o fato decorreu de uma falha no procedimento de análise das amostras coletadas pela própria empresa, situação imediatamente corrigida. A Compesa está à disposição das instituições que regulam o serviço para comprovar a transparência das informações.

Timbaúba

A Compesa tranquiliza a população de Timbaúba informando que a água distribuída para a cidade está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria Nº 2914/11. A cidade possui uma estação de tratamento de água que, produz 482 metros cúbicos de água por mês. A companhia investe R$ 50 mil por mês apenas com produtos químicos, o que garante a produção de água com excelente padrão de qualidade. A água produzida nas unidades da Compesa passa por um rigoroso controle operacional que monitora a cada duas horas todas as etapas do processo de tratamento. De acordo com os dados do monitoramento bacteriológico realizado na saída das estações de tratamento no último semestre, os resultados foram satisfatórios. Em nenhuma das amostras foi detectada a presença da bactéria Escherichia Coli.

A Compesa também realiza o monitoramento na rede de distribuição, diariamente, em vários pontos da cidade. Quanto à positividade apresentada, a mesma não foi confirmada no processo de recoleta, tendo a Compesa, portanto, atendido às exigências da Portaria do Ministério da Saúde.

Estrutura de tratamento de água

  • Desenvolve um processo de tratamento que obedece a um rigoroso processo de adição de coagulante na floculação, decantação, filtração e desinfecção até a água chegar nas residências.
  • Opera 160 Estações de Tratamento de Água em todo o Estado.
  • Possui 12 Laboratórios Regionais no Interior e 01 Laboratório Central, com sede em Recife, para atendimento a toda a Região Metropolitana do Recife e interior do Estado. Faz, inclusive, no Laboratório Central, análises de maior complexidade de todas as estações de tratamento de água e rede de distribuição.
  • Efetivo de 900 profissionais que atuam diariamente no processo de qualidade, envolvendo químicos, técnicos e operadores.
  • Realiza 1.029.156 análises de água/ano para controle de qualidade na saída de todas as estações de tratamento.
  • Realiza 110.400 análises/ano na rede de distribuição em todas as cidades operadas pela empresa.
  • Investe R$ 4,7 milhões por mês com o tratamento da água de todas as estações do Estado, totalizando R$ 56,4 milhões por ano.”

 

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