A taxa de esgoto foi o principal assunto da primeira sessão da Câmara de Mauá, nessa terça-feira (6). Durante os trabalhos os vereadores reclamaram que a BRK, empresa responsável pela coleta e tratamento de esgoto, vem cobrando uma taxa com um valor superior ao da água. Legisladores chegaram a pedir o rompimento do contrato.
As reclamações começaram com o vereador Vladimilson Garcia, o Bodinho (PRP). ”É um absurdo que é cobrado nessa taxa de esgoto. Temos que fazer alguma coisa, temos que juntar os 23 vereadores e pedir a redução. Acho que seria muito oportuno até fazer uma Comissão Especial de Investigação (CEI, equivalente a CPI) para tratar sobre esse assunto”.
Outros legisladores seguiram a linha de Bodinho. Severino Cassiano de Assis, o Severino do MSTU (PROS) chegou a pedir que o contrato com a BRK fosse extinguido para que o município passasse a controlar toda a área de coleta e tratamento de esgoto. A parceria da cidade com a empresa visa a duração de três décadas.
Questionado sobre a questão, o novo líder de governo, Fernando Rubinelli (PDT), afirmou que tal medida ainda deve ser estudada. “Temos que verificar aquilo que é possível. Sei que temos que debater, mas não podemos fazer isso sem olhar o contrato, sem embasamento. Mas o que eu posso garantir é de que não tem nenhum posicionamento oficial do governo sobre o assunto”.
Também indagado se a fala dos vereadores vem de encontro a pedidos do Poder Executivo para facilitar as negociações junto a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) com a Sama (Saneamento Básico de Mauá) devido a dívida, Rubinelli negou.
Internamente o município aguarda o momento em que Márcio França (PSB) vai assumir o comando do governo paulista, fato que acontecerá no início de abril. Pessoas próximas ao prefeito Atila Jacomussi (PSB) consideram que a chegada do socialista no comando do Palácio dos Bandeirantes pode facilitar as tratativas com a autarquia estadual.
Fonte: Repórter Diário
