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A importância do pré-tratamento para a osmose reversa

A importância do pré-tratamento (PT) de água para alimentação das Membranas de Sistemas de Osmose Reversa (MOR) tem como objetivo básico a garantia funcional e prolongamento da vida útil das mesmas. O correto PT aumenta a produção, melhora a qualidade do permeado e ainda…

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Contexto

A importância do pré-tratamento (PT) de água para alimentação das Membranas de Sistemas de Osmose Reversa (MOR) tem como objetivo básico a garantia funcional e prolongamento da vida útil das mesmas. O correto PT aumenta a produção, melhora a qualidade do permeado e ainda reduz necessidade de limpezas químicas e minimiza a deterioração das membranas.

Segundo Engº Químico Rogério T. Almeida do Grupo EP, durante um período de funcionamento determinado é natural que ocorra a diminuição da vazão de permeado. Este período, dependendo da origem e qualidade da água de alimentação, não deveria ser inferior a 60 dias. As limpezas químicas excessivas indicam a ineficiência do PT existente, e implicam em baixa produtividade do sistema, degradam as MOR; geram efluentes contaminados; e implicam em consumo excessivo de reagentes químicos.

Os materiais depositados geradores de obstrução de fluxo são geralmente enquadrados em uma das seguintes categorias: Fouling, Biofouling e Scaling.

Categorias

  • Fouling: é qualquer material que deposite sobre a superfície da MOR, diminuindo o fluxo e volume de permeado. Ex.: hidróxidos metálicos, argilas e materiais coloidais, não filtrados adequadamente nas etapas de PT, e são relativamente fáceis de serem removidos nas limpezas.
  • Biofouling: trata-se de um Fouling, que ocorre por proliferação de microorganismos no interior das membranas, formando o biofilme de difícil remoção por processos de limpeza.
  • Scaling: é a incrustação que ocorre devido à precipitação de certos sais no interior das MOR.

O processo de osmose reversa, gera duas correntes de água, sendo a primeira chamada de permeado (tip. 70%), uma água com baixo teor de sais dissolvidos e outra conhecida como rejeito (tip. 30%), que concentra praticamente todos os sais presentes na água de alimentação. Quando a concentração de algum dos compostos no rejeito excede seu limite de solubilidade, começam a cristalizar gerando a obstrução. Compostos de baixa como sílica e carbonatos de cálcio são exemplos típicos. A remoção de precipitados deste tipo são de difícil remoção, mas podem ser evitados por meio de ajustes operacionais, dosagens de produtos condicionantes e controle de pH.

Ainda segundo o Eng Rogério, o controle do foluling e parcialmente do biofouling pode ser eficientemente obtido com o uso de técnicas avançadas de filtração, e mais recentemente pelo emprego de sistemas de micro ou ultra-filtração (MF/UF). Estes dois últimos apesar de aumentarem significativamente os custos de investimento de uma planta, garantem uma proteção eficiente ao sistema contra inclusão de sólidos ao sistema, porém devem ser empregados com cautela e estudadas caso a caso, no contrário em vez de se obter uma boa solução, você apenas transferirá o problema da unidade de osmose para a unidade de MF/UF.

Sobre o Grupo EP

O Grupo EP, além de construir e fornecer sistemas de PT e OR ao mercado, também possui vários contratos de operação, de onde vem a conhecer detalhadamente as dificuldades e soluções referentes ao manuseio e controle de um sistema de OR. A EP traz para seus novos projetos o conhecimento obtido nas operações e graças a esse know-how concede extrema importância aos processos de PT, conduzindo pesquisas e desenvolvendo novos métodos, como por exemplo a areia polarizada Polartack® e sistemas de microfiltração, empregados com sucesso em várias plantas, inclusive na reciclagem de efluentes potencialmente problemáticos, como descartes de processos biológicos.

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