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Exportação de combustível sustentável de aviação pode começar em 2027

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) estima que o Brasil tem potencial para exportar combustível sustentável de aviação (SAF) a partir de 2027. Segundo um estudo elaborado pela entidade, o SAF brasileiro responderá por 75% da produção da América do Sul nos próximos anos.

O governo federal espera impulsionar a corrida pela produção nacional de SAF por meio da Lei do Combustível do Futuro. As plantas brasileiras preveem iniciar as suas operações entre 2026 e 2029.

Há quatro companhias apostando no combustível sustentável de aviação no país:

  • Acelen: macaúba;
  • Raízen: etanol;
  • Petrobras: soja;
  • BBF: palma.

A legislação obriga os operadores aéreos a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos, por meio do uso do SAF a partir de 2027. Por isso, as metas começam, inicialmente, com 1% de redução e, ao longo dos anos, aumentam de forma gradual até atingir 10% em 2037.

Na avaliação da diretora executiva interina da CNT, Fernanda Rezende, a produção nacional de SAF será capaz de atender não só a demanda doméstica em 2027, como também as companhias aéreas internacionais.

“Identificamos o potencial do Brasil para atender tanto a produção nacional quanto o mercado internacional”, disse Fernanda à CNN.

A CNT projeta que as plantas de SAF brasileiras serão capazes de produzir 900 mil toneladas do combustível por ano, o equivalente a 75% da capacidade produtiva do continente sul-americano. Além disso, além das quatro iniciativas brasileiras, há também projetos de desenvolvimento de SAF no Uruguai e na Colômbia.

O estudo ressalta, no entanto, que o SAF tem alto custo de produção e que sua escala industrial ainda é limitada. Para evitar que esses fatores elevem os preços das passagens aéreas, Fernanda Rezende defende que o governo subsidie a produção do combustível sustentável de aviação.

“O custo do combustível na operação de uma companhia aérea representa cerca de 40% de todo o custo operacional. Quando você encarece o combustível, você tende a encarecer todo o restante da cadeia. Isso seria refletido nas passagens aéreas. Há necessidade de um avanço regulatório em subsídios dessa cadeia toda de produção do SAF para que esse custo não seja repassado para as passagens aéreas”, afirmou.

Fonte: CNN


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