NOTÍCIAS

Empresas investem em inovação para evitar desperdícios na distribuição de água

Tratamento de esgoto é feito de forma sustentável com plantas aquáticas

tratamento-de-esgoto

Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, onde a Estação Ponte dos Leites usa sistema sustentável de tratamento de esgoto – Divulgação

Em Campo Grande (MS), o uso de um software criado por uma startup de Israel permite que os técnicos do centro de controle operacional da concessionária Águas Guariroba, da Aegea, vejam em tempo real qualquer alteração na rede de distribuição de água.

Com o monitoramento por satélite, foram identificados cem pontos de possível vazamento, e o índice de acerto foi de 70%.

“A economia de recursos para enviar as equipes que vão a campo é importante, além de reduzir rapidamente a perda de água”, diz Rogério Tavares.

A Wetlands Construídos, startup que começou a operar em 2015 após participar da incubadora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), é uma das empresas que tem atuado com inovação no setor.

Wetlands

A empresa faz o tratamento de água e esgoto com os chamados “wetlands” (“águas alagadas”, em inglês): são como jardins filtrantes ou filtros de areia plantados, sistemas naturais de tratamento de esgoto compostos por plantas aquáticas e substratos (pedra brita, areia, bambu, casca de arroz, entre outros).

“Nosso foco é atender pequenas e médias cidades que têm mais dificuldade para custear sistemas de tratamento. O que fazemos é transformar o lodo em composto orgânico”, diz André Baxter, biólogo sanitarista e sócio da empresa, que está negociando projetos com a Sabesp e empresas do setor privado

O grupo Águas do Brasil, empresa privada que atende 4 milhões de pessoas em 14 cidades, adota tecnologia similar em diversas regiões em que opera estações de tratamento de esgoto.

“O tratamento é feito com base em plantas aquáticas e outros materiais, sem adição de produtos químicos, e ainda há economia com gastos de energia e esses materiais. O processo é feito de forma sustentável, sem mau cheiro”, explica Carlos Eduardo Castro, diretor do grupo.

Sistema sustentável

A Estação Ponte dos Leites, em Araruama, na região dos lagos do Rio de Janeiro, é uma das que utiliza esse sistema sustentável. Na área, são 6,8 hectares de vegetação na estação, capaz de tratar 200 litros de esgoto por segundo. Hoje já recebe cerca de 179 litros por segundo.

Para se ter ideia do que isso significa, a empresa informa que o consumo médio de água por habitante no Brasil é de 159 litros por dia.

A inovação também está na pauta das companhias públicas. Nesta semana, a Sabesp abriu inscrições para selecionar projetos inovadores de pessoas físicas e startups que contribuam com a área do saneamento básico, por meio do Pitch Sabesp.

A empresa busca soluções nas áreas de experiência dos clientes, redução de perdas, tecnologias para saneamento, eficiência operacional e energética e gestão corporativa

Fonte: Folha de São Paulo.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: