NOTÍCIAS

Crise hídrica impacta aumento das emissões de gases de efeito estufa no país

O setor energético foi responsável por 36,6% do total de emissões de gases de efeito estufa em 2014, devido à queima de combustíveis e da indústria de petróleo, gás e carvão mineral, usados para compensar a crise hídrica no país. O setor foi o que teve maior participação na liberação de gases como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, segundo estudo divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, na terceira edição das Estimativas Anuais de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Brasil.

Os resultados mostram que a energia assumiu a liderança nas emissões de gases no Brasil a partir de 2012, quando atingiu o total de 33,9%. Segundo o relatório, a crise hídrica, que impulsionou o funcionamento das termelétricas, está entre os fatores que alavancaram este crescimento.

Até então, a agropecuária e o uso da terra, atividades associadas ao desmatamento, lideraram, juntas, com a média de 30 a 50%, as emissões de gases no Brasil, por mais de duas décadas. As estimativas mostram que atualmente a agropecuária responde por 33% das emissões, enquanto o uso da terra ficou em terceiro lugar, com o índice de 18,1%. No caso das atividades agrícolas, em cinco anos, houve queda de mais de 30% na participação das emissões, segundo o relatório.

Os processos industriais aparecem com participação de 7,4% e o tratamento de resíduos sólidos com 4,9%. Exceto pela agropecuária que emite mais metano, o gás mais liberado pelas diferentes atividades é o dióxido de carbono (CO2).

Meta de redução

No volume total, em 2014 o Brasil emitiu o volume de 1,284. 702,14 milhão de toneladas de dióxido de carbono, equivalente (Co2eq), índice 1% superior ao registrado em 2010, último ano da série anterior.

O volume emitido em 2014 é 39% menor do que a emissão projetada para aquele ano. Quando se compara ao ano de 2005, as emissões caíram 53%, tendência que favorece o cumprimento do compromisso voluntário que o Brasil assumiu em 2009, com a instituição da Política Nacional sobre a Mudança do Clima. De acordo com este plano, a meta brasileira é cortar entre 36,1% e 38,9% das emissões de gases de efeito estufa até 2020.

O resultado, contudo, ainda não é suficiente para garantir que o Brasil atinja a meta internacional assumida no Acordo de Paris, que é de reduzir em 43 % as emissões até 2030, segundo informa o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Edição: Maria Claudia
ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

CATEGORIAS

Confira abaixo os principais artigos da semana

Abastecimento de Água

Análise de Água

Aquecimento global

Bacias Hidrográficas

Biochemie

Biocombustíveis

Bioenergia

Bioquímica

Caldeira

Desmineralização e Dessalinização

Dessalinização

Drenagem Urbana

E-book

Energia

Energias Renováveis

Equipamentos

Hidrografia / Hidrologia

Legislação

Material Hidráulico e Sistemas de Recalque

Meio Ambiente

Membranas Filtrantes

Metodologias de Análises

Microplásticos

Mineração

Mudanças climáticas

Osmose Reversa

Outros

Peneiramento

Projeto e Consultoria

Reciclagem

Recursos Hídricos

Resíduos Industriais

Resíduos Sólidos

Reúso de Água

Reúso de Efluentes

Saneamento

Sustentabilidade

Tecnologia

Tratamento de Água

Tratamento de Águas Residuais Tratamento de águas residuais

Tratamento de Chorume

Tratamento de Efluentes

Tratamento de Esgoto

Tratamento de lixiviado

Zeólitas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS