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Proliferação de vegetação aquática no Rio Tietê faz Semae procurar alternativas para abastecimento de Mogi das Cruzes/SP

O Serviço Municipal de Água e Esgoto de Mogi das Cruzes (Semae) está em busca de alternativas para o abastecimento da cidade. A proliferação de vegetação aquática no Rio Tietê, no trecho em que a autarquia capta a água, no bairro Rio Acima, para abastecer a cidade, está dificultando o processo.

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Captação ocorre na estação Pedra de Afiar (Foto: Fernanda Monteiro/TV Diário)

O Semae informou que, por isso, a vegetação tem de ser constantemente retirada para não ocasionar problemas nos equipamentos utilizados na captação, como tubulação e bombas, por exemplo.

Além disso, a presença de matéria orgânica interfere no tratamento da água. Por isso, o Semae pensa em outros modos de garantir o abastecimento de Mogi.

Pedido para captação na barragem de Taiaçupeba

Um dos problemas motivou o pedido de outorga para captação na barragem de Taiaçupeba que fica no limite entre Mogi e Suzano. Mas para que isso ocorra é preciso grandes investimentos para levar a água da represa até as estações de tratamento existentes ou para construção de uma outra estação junto à barragem.

Apesar dos planos do Semae, o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) responsável pelo Sistema Alto Tietê informou ao G1, que em 8 de maio comunicou técnicos do Semae que não existe a possibilidade de água no reservatório de Taiaçupeba para atender à solicitação do Semae.

O Sistema Alto Tietê é integrado por cinco reservatórios: Ponte Nova, em Salesópolis/Biritiba Mirim; Paraitinga em Salesópolis; Biritiba em Biritiba-Mirim/Mogi das Cruzes; Jundiaí em Mogi das Cruzes e Taiaçupeba em Mogi das Cruzes/Suzano. Segundo o DAEE, o volume útil total dos cinco reservatórios é de 560 milhões de metros cúbicos.

A água destes reservatórios é conduzida por túneis e canais para o reservatório de Taiaçupeba para atender o abastecimento público da região leste da Região Metropolitana de São Paulo.

Captação superficial

Outra alternativa do Semae diante da negativa é investir no acréscimo de captação superficial no Tietê. Atualmente são captados 700 litros de água por segundo. E a medida aumentaria esse volume de água.

O Semae também estreitou o diáologo entre o município e o Estado sobre volume dos reservatórios de Biritiba Mirim e Salesópolis.

A autarquia justificou que essa informação é importante para o abastecimento da cidade, pois o volume dos reservatórios impacta na captação no Tietê. Segundo o Semae, o DAEE pode liberar ou reter água das barragens e a Sabesp também pode aumentar ou reduzir o volume captado em Biritiba Mirim.

Como a captação do Semae é posterior, se houver uma redução da vazão nas represas pelo DAEE e aumento da captação em Biritiba Mirim pela Sabesp, o nível do Tietê pode ficar baixo para a captação em Mogi das Cruzes.

Outra justificativa do Semae é que alterações bruscas na vazão podem arrastar material retido nas margens e leito, o que exige adaptações no tratamento.

Limpeza do Tietê

Por conta da proliferação de vegetação que tem dificultado a captação de água, o Semae para garantir o abastecimento de água em Mogi pediu ao DAEE que faça a limpeza no rio.

O DAEE informou que está elaborando o projeto básico para definir o termo de referência e especificações técnicas, incluindo a metodologia executiva e estimativa de custos, que deverão compor o edital de licitação da limpeza.

O órgão informou ainda que para execução dessa ação será necessário o licenciamento ambiental prévio e que está realizando diálogo junto a Secretaria Estadual de Planejamento para obter os recursos financeiros para a contratação do trabalho.

Segundo DAEE a limpeza será feita no trecho entre a estação de bombeamento da Sabesp no limite entre Mogi e Biritiba Mirim e a captação do Semae na Avenida João XXIII no bairro Rio Acima.

De acordo com o levantamento do órgão deverão ser removidas 25 mil metros cúbicos de macrófitas (vegetação) superficial e enraizada em uma extensão de 17 quilômetros.

Fonte: G1.

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