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Projeto Tietê inclui mais 10 milhões de pessoas nos serviços de saneamento

Com investimentos de quase US$ 3 bilhões e diversas obras em andamento, iniciativa é ação de saúde pública

tiete

Estação Barueri é uma das maiores ETEs da América Latina

O Projeto Tietê, da Sabesp, trouxe coleta e tratamento de esgoto para mais 10 milhões de pessoas na Grande São Paulo desde o início da ação, em 1992. Com investimentos de quase US$ 3 bilhões, o Projeto Tietê é um programa de saúde pública focado na ampliação da coleta e do tratamento de esgoto, impactando positivamente a qualidade de vida dos moradores.

O objetivo é implantar a infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto na bacia hidrográfica do Alto Tietê, na Grande São Paulo, contribuindo para a revitalização progressiva do Tietê na região e, consequentemente, nas áreas para onde o rio flui, em especial o Médio Tietê. É essa infraestrutura que evita que o esgoto chegue diretamente ao rio e também aos córregos e outros cursos d’água que nele deságuam.

Desde o início do projeto, foram construídos mais de 4,5 mil quilômetros de interceptores, coletores-tronco e redes para coletar e transportar o esgoto até as estações de tratamento. Isso elevou a coleta de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo de 70% para 87% de 1992 a 2018. Já o tratamento de esgoto na região passou de 24% para 78%, ou seja, o índice de esgoto tratado mais que triplicou, mesmo com a população da Grande São Paulo tendo crescido em mais de 6 milhões de pessoas no período.

As obras trouxeram mais saúde, ajudando a reduzir a mortalidade infantil e as doenças de veiculação hídrica, significaram mais cidadania, diminuição da vulnerabilidade social, mais qualidade de vida, conforto e desenvolvimento econômico. Nas áreas com saneamento, o valor dos imóveis aumenta, há melhora no rendimento escolar, além de a região atrair novos negócios e investimentos.

Poluição

O trabalho vem contribuindo para a redução da mancha de poluição do rio, que apresenta uma tendência de queda histórica desde a década de 1990, ainda que apresente algumas flutuações momentâneas, de acordo com o relatório anual da SOS Mata Atlântica. De uma maneira geral, a diminuição da mancha de poluição do Tietê é de cerca de 75% no período.

Em 1992 a mancha se estendia por 530 quilômetros do rio, de Mogi das Cruzes a Barra Bonita, hoje está em 163. A melhora na qualidade da água do Tietê beneficiou diretamente a população de cerca de 500 mil pessoas das cidades às margens do rio em direção ao interior, que deixaram de conviver com essa poluição.

É importante destacar, no entanto, que o processo de despoluição de rios vai muito além do saneamento. Fatores como coleta de lixo e varrição de ruas, limpeza de galerias de águas pluviais, controle do uso e ocupação do solo, o controle de poluição industrial e a conscientização ambiental da sociedade também têm impacto na qualidade das águas.

Isso porque o esgoto de ocupações irregulares, o lixo jogado nas ruas, fezes de animais e demais resíduos também chegam aos rios, formando o que se chama de poluição difusa. Esses fatores exigem a mobilização de diferentes agentes, como as prefeituras (inclusive de municípios não atendidos pela Sabesp), órgãos de controle ambiental e os cidadãos.

Obras em andamento

Para manter o ritmo de avanço nos serviços de saneamento, a Sabesp mantém diversas obras em andamento

Interceptor Tietê 7

Trata-se de um enorme túnel que segue abaixo da Marginal do rio Tietê por 7,5 quilômetros com uma largura que daria para passar uma linha de metrô. Ele se complementa com a estação elevatória de esgoto do Piqueri para encaminhar os efluentes à estação de tratamento de Barueri, que teve sua capacidade ampliada para 16 mil litros por segundo. A obra está em fase de conclusão.

Região Oeste

Estão sendo realizadas obras em Barueri e Cotia, incluindo as obras do coletor-tronco Pirajuçara, em São Paulo, Embu das Artes e Taboão da Serra, que irão contribuir para a despoluição do Pinheiros junto com o recém-concluído coletor-tronco Joaquim Cachoeira. A extensão total dos coletores é de 12,9 quilômetros e cerca de 416 mil pessoas serão beneficiadas diretamente.

Capital paulista

Estão também em execução obras nas regiões norte e leste do município de São Paulo e obras de implantação de interceptores e coletores-tronco que irão atender a região de Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Arujá.

Esgotamento sanitário Laranjeiras

Em fase de conclusão, a Sabesp deve entregar nos próximos meses o sistema de esgotamento sanitário Laranjeiras, em Caieiras, e também fazer os lançamentos das obras do coletor-tronco Couros e coletores na bacia do córrego Meninos, em São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema, obras na bacia do córrego Ipiranga, do Moinho Velho e do Jaboticabal em São Paulo, e do interceptor Tietê ITi-2, na região norte do município de São Paulo, além de obras em Osasco. A expectativa é chegar em 2025 com 92% de coleta e 91% de tratamento, ampliando os serviços de tratamento de esgotos a mais 7 milhões de pessoas.

Fonte: saopaulo.sp.gov.br.

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