NOTÍCIAS

Primavera chega com chuvas dentro da “normalidade” e impactos do La Niña

Há estimativas de menos precipitação do que o esperado para o Sudeste, onde reservatórios já chegam ao volume morto

la-nina

Imagem ilustrativa

Após um inverno marcado por preocupações sobre o abastecimento dos reservatórios no país e por fenômenos “incomuns” como o recorde de calor na cidade de São Paulo, a primavera chega, na quarta-feira (22), trazendo expectativa de chuvas irregulares e impactos do fenômeno La Niña.

Porém, a tendência é que o volume das chuvas não seja o suficiente para suprir o déficit nos principais reservatórios do Sudeste, que enfrentam uma situação de secura.

Isso acontece porque, com a nova estação, a expectativa é de que as chuvas voltem aos poucos, mas com uma condição de “normalidade abaixo da média”, diz a meteorologista Ana Maria Ávila, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) da última semana, as hidrelétricas do sistema Sudeste/Centro-Oeste registram 18,23% de volume de água armazenado. Em 2001, ano que ocorreu o apagão, o volume mínimo foi 20,69%.

Em São Paulo, dois dos principais reservatórios estão operando abaixo do volume útil.


LEIA TAMBÉM: EMBASA UTILIZA NOVA TECNOLOGIA PARA GARANTIR MAIS EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DA ÁGUA NO TEMPO DE CHUVA EM BARREIRAS/BA


No estado, segundo o Climatempo, a primavera começa chuvosa e com possibilidade de tempo severo e tempestades com granizo, mas termina com acumulados de precipitação abaixo da média – fenômeno também observado em outros anos, diz Ana Maria Ávila.

Com isso, a expectativa de um volume mais significativo de chuvas continua para o verão, mesmo sem ser possível saber ainda se haverá precipitação o suficiente para cobrir o déficit registrado até o momento.

“A primavera tradicionalmente marca um retorno das chuvas. Em setembro e outubro, teremos uma umidade maior em toda a região central do Brasil, com um refresco para o calor. Progressivamente, temos um retorno gradual [da chuva] na região mais afetada pela crise hídrica”, explica Ávila.

“Mas estamos em uma situação muito crítica. Até o mês de agosto, em todo 2021, choveu 70% do esperado”, diz a meteorologista, ressaltando que a cifra foi a mesma no consolidado de 2020 – o que, segundo as estimativas, representa cerca em torno de 500 ml de chuva a menos.

“A gente vive em uma situação de déficit. No comparativo do nosso balanço de água, a gente perdeu muito mais do que ganhou”, conclui.

De acordo com as previsões do Climatempo, a expectativa de chuvas mais intensas ficou para novembro em quase todas as regiões do país, com exceção do Sul – justamente pela influência do La Niña.

Impactos do La Niña

Com o La Niña, em geral, o tempo fica mais seco e frio na região Sul e costuma chover mais no Nordeste. O impacto nas outras regiões do país ocorre em menor escala.

Isso acontece devido às mudanças no Pacífico Equatorial, onde a temperatura da água fica mais fria do que a média histórica – o que acaba alterando regimes de chuva no Hemisfério Sul.

Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), o La Niña já vem sendo observado desde agosto e deve seguir em baixa intensidade até meados de março de 2022.

Ana Maria Ávila explica que o fenômeno impacta mais diretamente as regiões Sul e Nordeste do Brasil, mas que pode refletir em entradas de frentes frias no Sudeste em meados de dezembro, já para o fim da primavera.

Fonte: Cnn.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS: SEM ÁGUA, BELO MONTE OPERA COM MEIA TURBINA DESDE O INÍCIO DE AGOSTO

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: ANA RECEBE SUGESTÕES ATÉ 1º DE OUTUBRO PARA NORMA DE REFERÊNCIA PARA INDENIZAÇÃO DE ATIVOS PARA ÁGUA E ESGOTO

ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

CATEGORIAS

Confira abaixo os principais artigos da semana

Abastecimento de Água

Análise de Água

Aquecimento global

Bacias Hidrográficas

Biochemie

Biocombustíveis

Bioenergia

Bioquímica

Caldeira

Desmineralização e Dessalinização

Dessalinização

Drenagem Urbana

E-book

Energia

Energias Renováveis

Equipamentos

Hidrografia / Hidrologia

Legislação

Material Hidráulico e Sistemas de Recalque

Meio Ambiente

Membranas Filtrantes

Metodologias de Análises

Microplásticos

Mineração

Mudanças climáticas

Osmose Reversa

Outros

Peneiramento

Projeto e Consultoria

Reciclagem

Recursos Hídricos

Resíduos Industriais

Resíduos Sólidos

Reúso de Água

Reúso de Efluentes

Saneamento

Sustentabilidade

Tecnologia

Tratamento de Água

Tratamento de Águas Residuais Tratamento de águas residuais

Tratamento de Chorume

Tratamento de Efluentes

Tratamento de Esgoto

Tratamento de lixiviado

Zeólitas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS