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Governo admite que não deve cumprir meta de saneamento básico

Meta era ter rede de esgoto em mais de 90% do país dentro dos próximos 17 anos. Quase 43% da população vive em cidades sem o tratamento.

O Brasil não consegue avançar em um problema que é histórico: quase metade da população não tem acesso ao saneamento básico.

É o que o governo mais tem falado, que o pessoal tem que cuidar para não deixar lixo na rua. Mas e o esgoto na rua? Quase 43% da população vive em cidades sem rede de esgoto.

Assim, com tudo escorrendo. É muita gente nessa situação. O governo concorda. E pior, admitiu, nesta terça-feira (16), que não deve conseguir cumprir o que planejou, que era ter, dentro dos próximos 17 anos, rede de esgoto em mais de 90% do país.

“A gente vai incentivar para que haja condição de atingir as metas. Mas no momento, a gente olhando o horizonte de 2033, com os olhos de hoje, a gente acha que ainda tem uma certa dificuldade”, diz Paulo Ferreira, secretário nacional de Saneamento Ambiental.
E por que? O governo tem algumas justificativas.

“Nos municípios menores do Nordeste, o principal problema talvez seja da gestão. A gente está procurando. Problema de perdas, problema de técnicos. Tem uma dificuldade de você ter engenheiros, corpo de engenharia para lá. Prefeitos às vezes não priorizam a necessidade de projetos”, afirma Paulo Ferreira.

E aí, no fim das contas, separando por região, está assim:
No Norte, mais de 90% vivem sem rede de esgoto. Na região Nordeste quase 70%.

Na Sul, pouco mais da metade conta com fossas. Um pouco melhor está a região Centro-Oeste. E em disparada está a sudeste, onde quase só 17% não têm saneamento.

E a diferença do que foi investido também é gritante. No Norte foram quase de R$ 170 milhões em 2014. Já no Sudeste, R$ 3 bilhões para melhorar a rede de esgoto. E quase 30% do esgoto coletado do país, não são tratados.
Para o Instituto Trata Brasil, que também faz estudos sobre saneamento no país, ter quase metade da população sem rede de esgoto é simplesmente inaceitável, ainda mais, em tempos de epidemias.

“A gente sempre se preocupava com as diarreias, com a mortalidade infantil, com as doenças de pele, com as hepatites que eram típicas de falta de saneamento. Agora se juntou as doenças do Aedes aegypti. Complica o quadro. Saneamento é um grande investimento. As autoridades acostumaram a ver o saneamento como um custo quando na verdade tem que olhar como um grande investimento“, afirma o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos.

Outra informação que foi divulgada é que a meta é levar o abastecimento de água para todas as cidades até 2023.

Fonte: G1

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