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FAO: o reúso de água pode saciar a sede de crescimento da agricultura

“Até o momento, o reúso de efluentes para a irrigação tem tido mais sucesso próximo às cidades”

 

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Com a demanda por alimentos e a falta de água aumentando, está na hora de parar de tratar os efluentes como lixo e, ao invés disso, gerenciá-los como um recurso que pode ser utilizado para aumentar as colheitas, é o que diz a Organização para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO).

Antecipando-se ao Dia Mundial da Água em março, que este ano tem foco no reúso da água, a FAO disse que os efluentes, se gerenciados adequadamente, podem ser utilizados com segurança para apoiar a produção das colheitas, seja de modo direto por irrigação ou de modo indireto recarregando os aquíferos.

Hoje a agricultura é responsável por 70% da retirada de água doce no mundo e, com a estimativa de crescimento da demanda por comida em no mínimo 50% até 2050, a necessidade de água para agricultura vai aumentar.

Existe um grande número de tecnologias e abordagens que estão sendo utilizadas mundo afora para tratar, gerir e utilizar os efluentes na agricultura, muitas delas específicas à base de recursos naturais locais, aos sistemas de cultivo nos quais estão sendo usadas e às culturas que estão sendo produzidas.

“Somente uma pequena parte dos efluentes tratados estão sendo usados na agricultura”

Além de ajudar a lidar com a escassez de água, os efluentes geralmente contêm uma alta carga de nutrientes, tornando-os bons fertilizantes.

No Egito, por exemplo, aonde as fontes de água são limitadas e os efluentes tendem a ser altamente contaminados, a construção de jardins filtrantes (wetlands) está provando ser uma abordagem promissora e economicamente viável para o tratamento. Na Tunísia, os efluentes estão sendo amplamente utilizados em projetos agroflorestais, contribuindo para a produção de madeira e também nos esforços contra a desertificação. Na Jordânia, a água reciclada representa 25% do consumo total do país.

“Apesar da falta de informações mais detalhadas sobre essa prática, podemos dizer que, globalmente, somente uma pequena parte dos efluentes tratados estão sendo usados na agricultura, a maior parte destes sendo de efluentes municipais. Porém, um número crescente de países, Egito, Jordânia, México, Espanha e Estados Unidos, por exemplo, estão explorando as possibilidades enquanto lutam contra a crescente falta de água”, disse Marlos de Souza, um funcionário sênior da Divisão de Terra e Água da FAO.

“Até o momento, o reúso de efluentes para a irrigação tem tido mais sucesso próximo às cidades, aonde encontra-se amplamente disponível e geralmente de forma gratuita ou a baixo custo, e aonde há um mercado para produtos agrícolas, incluindo culturas não alimentícias. Mas a prática pode ser estendida a áreas rurais também, na verdade já vem sendo bem utilizada por muitos pequenos agricultores”.

Marlos de Souza acrescenta: “Quando utilizados com segurança e gerenciados para evitar riscos de saúde e ambientais, os efluentes podem ser transformados de um fardo para um ativo”.

Fonte: Water & Wastewater International

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