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ameba comedora de cérebro

Ministério confirma morte no Ceará por ameba “comedora de cérebro”

Bebê faleceu em 19 de setembro de 2024, uma semana após o início dos sintomas, que começaram com febre, irritação e vômito e rapidamente evoluíram para complicações neurológicas graves

A Secretaria de Saúde do Ceará e o Ministério da Saúde confirmaram um caso raro de meningoencefalite amebiana primária, provocada pela Naegleria fowleri, conhecida como “ameba comedora de cérebro”. A vítima foi uma criança de 1 ano e 3 meses, moradora de um assentamento rural em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza.

O bebê faleceu em 19 de setembro de 2024, uma semana após o início dos sintomas, que começaram com febre, irritação e vômito e rapidamente evoluíram para complicações neurológicas graves. Exames laboratoriais e de necrópsia identificaram a presença do protozoário, que entra pelas narinas e atinge o cérebro pelo nervo olfatório, causando danos fatais.

Esse é o segundo caso registrado no Brasil, sendo o primeiro na década de 1970, em São Paulo. A conclusão da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará é que a criança foi infectada tomando banho no açude perto da sua casa.

“Ao saber que a criança nunca tinha se banhado no açude, a primeira hipótese é de que ela adquiriu a ameba no banho doméstico, na própria casa. Foi feita uma investigação e nós identificamos que a água que abastecia a casa vinha do açude, passava por um tratamento, mas não era adequado”, explicou o secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antônio Lima Neto.

“Comedora de cérebro”

A Naegleria fowleri, conhecida como “ameba comedora de cérebro”, é um organismo unicelular de vida livre responsável pela meningoencefalite amebiana primária, uma inflamação cerebral de rápida progressão.

Essa variedade de ameba é muito incomum e habita naturalmente rios e lagos, sem a necessidade de hospedeiros, preferindo águas quentes. Sua transmissão não ocorre por meio da ingestão de água contaminada ou entre indivíduos, mas sim através da via nasal, especialmente durante mergulhos em áreas poluídas. O diagnóstico é complicado, pois os sintomas se assemelham aos de uma meningite bacteriana, e atualmente ainda não existe um tratamento específico para a infecção causada pela ameba.

Fonte: Correio Braziliense


 

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