“Enquanto no bairro São Francisco a execução é realizada exclusivamente pelo Saae, no novo projeto (recentemente assinado) trata-se de recursos próprios da autarquia”
Diretor técnico e operacional do Saae, Vitor Giacobbo – (foto: joni lang/op)
Giacobbo menciona que o serviço beneficiará em torno de duas mil pessoas em 326 ligações prediais situadas no quadrante da Avenida Rio Grande do Sul até a Rua Mato Grosso e da Rua Rogério Grüm à Rua Castelo Branco, em Marechal Cândido Rondon. A empresa vencedora é a TRM Engenharia Civil, de Astorga, que foi representada no ato pelo engenheiro Mateus Francisco da Costa. A empresa tem prazo de 30 dias para se organizar, devendo dar o pontapé nos trabalhos no final deste mês, com previsão de dez meses até finalizar o serviço.
Outras ações se encontram em desenvolvimento. Uma das mais relevantes contempla o Bairro São Francisco, a partir da construção da rede de esgoto com execução própria do Saae. “Ela engloba quatro mil metros de rede de esgoto, tendo em vista que o município promoverá melhorias no local, através de calçada e meio-fio e nós, do Saae, aproveitamos para viabilizar a rede de esgoto no bairro antes desse próximo trabalho e assim evitamos a necessidade de romper tudo isso”, enaltece.
Ao considerar a obra em execução no Bairro São Francisco e o local a ser contemplado no centro da cidade, o Saae investe na ampliação de 14,1 mil metros lineares da rede de esgoto na sede rondonense.
NOVO CONTRATO
Em relação ao contrato assinado na última semana, Giacobbo diz se tratar do atendimento à determinação do prefeito Marcio Rauber e do Saae em relação à ampliação da rede de esgoto na cidade.
“O Saae abriu edital de concorrência e a TRM Engenharia Civil foi a vencedora. Enaltecemos que isto é importante para a sede do município, haja vista que nesta área de execução há dois casos emblemáticos com dificuldade na questão do esgoto, que são os edifícios Dom Pedro e Vale do Reno, além de toda população que reside nas adjacências e precisa desse atendimento”, informa o diretor técnico e operacional da autarquia.
Ele explica que o esgoto será levado até um ponto mais baixo para depois ser bombeado em direção à estação de tratamento no Guavirá. “Como não pode ser levado de um ponto ao outro pela declividade do terreno, então será feito por bombeamento. O valor contratado é de aproximadamente R$ 1 milhão, cujo trabalho deve ser iniciado ainda neste mês, portanto a expectativa é de que a rede de esgoto funcione neste ponto até o final do ano”, salienta.
RECURSO PRÓPRIO
Conforme Giacobbo, em torno de 30% da sede municipal está atendida pela rede de esgoto e por intermédio deste novo projeto deve alcançar 40% de atendimento, porque vai contemplar todo centro da cidade. “Este é o ponto onde mais temos problemas. Também devemos considerar que é recurso próprio do Saae, não vem de empréstimo ou emenda parlamentar, mas, sim, dinheiro que o Saae arrecadou e vai reaplicar na expansão do serviço de esgoto”, reforça.
“O grande benefício é a questão de saúde pública, pois no centro da cidade as construções estão fechadas e ocupam quase 100% dos terrenos, então as pessoas não têm onde fazer fossa e o esgoto é importante para dar vazão e acabar com o problema. Outro detalhe é que o esgoto enviado ao local adequado e tratado não polui o solo, evitando doenças e agressão ao meio ambiente”, acrescenta Giacobbo.
O diretor do Saae menciona que o projeto em questão é um dos mais complexos, justamente por estar no centro. “Devemos tomar cuidado para não atrapalhar a vida das pessoas que passam por esses lugares, por isso cobramos das empresas que vêm executar o serviço para cuidarem das calçadas e manter os locais limpos visando evitar transtornos”, diz.
PROJETOS
Ainda há projetos com perspectiva de serem implantados neste ou no próximo ano na área do Ciprestes e na região do Bairro Rainha – abaixo da Copagril. “Um projeto pleiteado engloba a região da Unioeste, que não possui tratamento de esgoto, portanto é algo maior, mas dependendo das finanças o Saae também vai procurar atender, contudo precisa avaliar neste ano a possibilidade de viabilizar em 2020”, menciona o diretor.
Giacobbo reforça que até o fim desta gestão cerca de 50% da zona urbana estará contemplada pela rede de esgoto. “Hoje são mais de quatro mil ligações em funcionamento e pretendemos dobrar, chegando em torno de oito a nove mil, mesmo porque temos 16 mil ligações de água. A projeção é de que pelo menos metade da população da sede municipal seja atendida pela rede de esgoto até o final do ano que vem”, ressalta.
ÁGUA
“Além disso, faz-se necessário lembrar que cuidamos da água que é tão ou mais importante do que o esgoto, pois o fornecimento adequado de água com qualidade e quantidade deve ser sempre uma preocupação. Estamos atentos a isso através da perfuração de novos poços, procura de captações, caixas d’água e melhorias no sistema para que não falte água. Exemplo disso é a grande seca do início deste ano que não gerou problema como desabastecimento de água. Existem problemas pontuais, as redes são antigas e devem ser melhoradas, todavia não houve transtorno como falta de água e desejamos que continue assim por muito tempo”, completa Giacobbo.
Fonte: O Presente.
